12.27.2019

DIZER-TE ENTRE AS FOLHAS






DIZER-TE ENTRE AS FOLHAS

Pela cadência da batida do tear se dispõe
Enquanto vestes o tempo de flores coroadas
A marca do ritmo se a consciência propõe
A sopesar, a transferir as cores bordadas
Para o horizonte que se quer distanciar…


Cresceste-me como um ventre inaugural
A redoma do destino na imensidão da planície
A lente de alvorar à estrela incondicional
Afinal a heurística desse sempre que nos inicie
Como se cada passo fosse o derradeiro primeiro passo
Cada voz a incontornável revelação de sermos sós
Cada laço lasso a única maneira de darmos nós
Cada nó a distância feita atreita à curva do compasso
No desembaraço do balanço redondo na redoma do plural.



Havia de dizer-te entre as folhas
Como luz esgarçada saltitante
A bailar na sofreguidão da tarde
Que conforme ao verbo, me recolhas
E assim perecerá a sombra distante
Deste Sol que por nós em nós arde!


Joaquim Maria Castanho

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La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

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Escribalistas é órgão de comunicação oficial de Joaquim Maria Castanho, mentor do escribalismo português