Convite para partilhar caminhos de leitura e uma abertura para os mundos virtuais e virtuososos da escrita sem rede nem receios de censura. Ah, e não esquecer que os e-mails de serviço são osverdes.ptg@gmail.com ou castanhoster@gmail.com FORÇA!!! Digam de vossa justiça!
6.26.2019
VOO SEMINAL
VOO SEMINAL
Espera por ti sem menor esperança
Adjetivos novos, advérbios nos pés.
A cada passada, os braços balança
Os olhos sem suspiro algum
O grito adormecido
Ondulando de lés a lés,
Banhado por luz sem zunzum
Nem eco, estampido nenhum.
E se nesse entretanto
Houver um princípio sem fim
Ou o pintalgar da terra, cujo manto
Seja tão colorido como o espanto,
Não estranhes, nem também te sobressaltes
Com estampados de barro e esmaltes:
As flores do meu jardim
Foi uma ave que as semeou;
E se hoje ele está assim,
É por ter sonhado que voou.
Joaquim Maria Castanho
6.23.2019
RECURSO INESGOTÁVEL
RECURSO
INESGOTÁVEL
Vivo
abstrato mas sem contrato
E
dou-o àquela pra quem vivo
– Ramo
de rosas riscado a rato.
É
uma joia (sem quilate exato)
Preciosa
sem preciosidade,
Libra
cunhada, artesanato
Que
a alma esculpe pla idade.
Porque
esse cinzel inaudito
Que
aprova, reprova e desbasta,
É
o recurso mais expedito
Que
o amor usa... – mas não se gasta!
6.21.2019
6.20.2019
SALTOS ALTOS
SALTOS ALTOS
Pediu
demora, mas deram-lhe pressa.
Todavia
uma espora na alegria
Esporeou-a
para nova promessa.
Coou
sons, amputaram-lhe a melodia.
Esperou
a espera, mas não era essa.
E
aconselharam-lhe mais ousadia...
Partiu
então, só, como quem regressa.
A
esperança nascera-lhe da agrura.
Desilusão
foi tempero de salada.
Contudo,
e como pisava segura
Se
alguém reparou, não disse nada.
Cresceu
alguns centímetros... Foram poucos.
Mas
se anda e meneia... – Deixa-nos loucos!
Joaquim
Maria Castanho
6.18.2019
6.16.2019
CÂNTICO GÓTICO
CÂNTICO
GÓTICO
Encantadas
ou desencantadas almas
Confirmam-se
e configuram-se alvas
Violáceas
entre violetas e malvas
Marmóreas
entre ciprestes e palmas
Que
entre pacóvios se pavoneiam...
Baixar
o nível para ser entendido
Não
demonstra sabedoria nenhuma,
Sequer
diz ser a humanidade só uma...
É
dar esperança ao vadio vendido,
Premiá-lo
pla falta d'estudo tido.
Ignorar
não é suma sabedoria
Nem
diploma que os canudos norteiam;
E,
muito menos, saque aos que saqueiam
– Apenas
mata caça quem melhor porfia!
Joaquim
Maria Castanho
Com
foto de Elie Andrade
6.12.2019
A MAGIA JÁ NÃO É UM SUPOR...
ÉS MÁGICA SEJA ONDE FOR
Fico suspenso mas arrebatado
A alma em órbita plo infinito...
Se eu te vejo em qualquer lado
Encantamento deixa de ser mito!
A vida é simples, e sem atrito;
Sem causas obscuras nem doentias.
Acaba-se o que já fora começado
E começa-se sempre com cuidado.
Então inventa-se futuro aos dias
Pintando cada qual com a sua cor.
Os sorrisos nascem, nascem poesias
Nascem esperanças, e nasce o amor.
Mas se te vejo em qualquer lado
A magia deixa logo de ser supor!
Joaquim Maria Castanho
Com foto de Elie Andrade
INTEGRIDADE POÉTICA
INTEGRIDADE POÉTICA
Resistem
aos silêncios e amuos
Aos
junhos, abris e fevereiros
Aos
torpores azedos e recuos
Sem
se melindrarem nem pedir perdão.
De
olhos em frente, fincam os pés no chão
Arredam
adversidades várias
E
bastam-se a si, eficazmente,
Cobrindo-se
de rimas primárias
E
sentimentos avulso, dispersos.
Nunca
acatam sílabas ordinárias.
Aprumam-se
em medidas contidas
E
até se abreviam cordialmente.
Só
em último caso viram versos
Ou
s'entregam a repetições perdidas!
Joaquim
Maria Castanho
6.10.2019
6.09.2019
TUFO NA MARGEM...
TUFO À MARGEM
Principalmente
se me não vês,
Que
as horas parecem meses...
Horas
bem maiores que o mês.
Calada,
és muralha, forte
Intransponível
prò meu gostar,
Que
eu, tufo, à sede, na morte
Fico
na margem sem me molhar,
Sem
beber dessa água pura
Que
a vida traz do teu olhar
E
fecunda alma se madura.
Digo-me
tão pouco se me travas...
O
verso brota ressequido!
Poemas
são só ervas bravas
Sem
palavras na margem do ouvido!
Joaquim
Maria Castanho
Com
foto de Elie Andrade
6.02.2019
ÁPICE E VERTIGEM
ÁPICE E VERTIGEM
O
sonho pousou,
Trazendo
ternura consigo;
Doce,
suave e ligeiro,
Que
o amor é sempre o primeiro
Pra
quem deveras amou.
O
céu estremeceu,
O
grito suspirou...
Porém
rápido, rápido, rápido
Meu
coração bateu:
Irrompeu
de quem sou,
E
nunca mais foi meu!
Joaquim
Maria Castanho
Com
foto de Elie Andrade
6.01.2019
CABELOS DE FADA
CABELOS DE FADA
A poesia é um esgar absoluto
Sobre um ponto concreto, particular,
Qualquer coisa como o produto
Da célula que se partiu pr'amar
– Almas gémeas plurissemelhantes,
Siamesas separadas mas amantes... –
E, assim, duplicada, cria afeto
Gera aí a sua própria geração,
Eleva sua estirpe a outro teto
Onde o incondicional é condição.
Nada escolho sem que ela o dite
Qu'ela quer com crer de fada e de mulher
E afirma de forma que acredite
Polvilhando com pétalas de bem-me-quer
Penteados aos dias maravilhosos...
A poesia é uma fada cujos cabelos
São versos de seda duma cor qualquer,
Que dançam singelos porém luminosos
Enternecendo olhares, dias, novelos
Que se desfiam tecendo horas à mulher.
Joaquim Maria Castanho
Com foto de Elie Andrade
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