31.
TEMPO
CERTO E TEMPO ERRADO
Pensar
certo como s’errado fosse
Causa
calafrios quando se faz…
Dedos
frios, voz tropeça na tosse…
Convence-s’o
sujeito de incapaz.
Mas
não é tão mau com’o contrário:
Pensar
errado como se fosse certo
– Qu’assim
se torna o bom ordinário,
O
asno se faz passar por esperto.
Pensar
requer responsabilidade
Plo
que certo ou errado não conta,
Que
se é honesto o pensador há de
Rever
na verdade o que desmonta
A
mentira, a ilusão, a desgraça –
E
ver qu’o tempo só fica se passa.
Joaquim
Maria Castanho
In
REDESENHAR A VOZ, página LIV
Com
foto de Elie Andrade
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