162.
O TEU OLHAR DEU-ME UM NÓ
Quando teu olhar me falta
Eu fico sem jeito;
Ando à toa e na malta,
E doi-me o peito.
Sinto as sílabas trocadas…
Até perco a razão;
Ando onde não há estradas,
Ardem-m’as solas no chão.
Era coisa qu’eu não sabia…
Não se aprende fácil;
Aprende-se no dia a dia,
Mal o sentir é ágil.
Comprar ajuda a (a)pagar.
Não há mal nenhum nisso…
A eternidade pod’estar
No nosso compromisso:
Podemos crescer como um só
– Tu serás mãe, tu serás avó.
Joaquim Maria Castanho
Com foto de Elie Andrade
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