138.
SOBRE A FLORIDA PLANÍCIE, A LUSOFONIA
Há um poema que não digo
Mas nunca esqueço;
Há um poema onde soletro
Por que estremeço
Me persegue s’o persigo
Mudo, circunspeto
Até que ecluda, por fim
Polvilhando searas
De prosas (em assíndeto)
Como faúlhas, aparas
Que são estilhaços de mim.
É mel vertical que transluz
Ao diluir-se em cor,
Portal d’anseio que transpus
Em espigas d’amor,
Prà farinha dessoutro pão
Qu’é o nome de cada flor.
Joaquim Maria Castanho
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