136.
A COLETORA
As estações expiram sem ais.
Às vezes, ditam-me os caminhos;
Outras, dizem-me por onde vais
Apenas, e só, pra te encontrar
E ver, que as manhãs, se serenas
Imitam o teu modo de andar,
De pisar chão, apurar-lh’o tato
Que nem cada pé fosse outra mão
A aflorar pedras, flores e mato.
Se são muralhas, sobem-nas, então
Se rosas, não evitam espinhos;
Se alecrim, carqueja, ‘piricão
Silvas – usam-no para infusão!
Joaquim Maria Castanho
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