DOCE, MEIGA E MACIA MÃO…
Caprichou por exagero,
Exagerou por defeito,
Coisa qu’é só desespero
Quando nasce do peito.
Pois nem sempre assim é
Já todo mundo bem sabe,
Mesmo a começar por mim
– Pouco atreito ao alarde...
À promessa feita em vão
E os sinais pra iludir,
Quem concede ao coração
Mais que ele pode pedir.
Ped’afeto, ped’atenção,
Pede silêncio, carinho,
E às vezes, até a mão,
De quem o traz plo beicinho.
Joaquim Maria Castanho
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