MEU CREDO, MINHA LEI
Dilui-se-me a alma já por pensar-te
Horizonte estendido pra lá do lá,
Que a fonte é teu querer nesta arte
Onde me sou, se vida em nós está,
E tu és a imperativa imensidão
De "sofreguir" os verbos dess'além-cá
Do corpo, órbitas da sorte e parte
Da fé n'A sol, infinito mel que há
Na serena luz, se desfaz a ilusão
Sem omitir o sonho do sim, nem do não…
Porque a voz, se tua, é A lei minha
Crente num ente, de cuja vontade
É igualmente o nó dado, e a linha
Que aprende o pulsar da liberdade.
Joaquim Maria Castanho
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