6.25.2021

Herdeira de Colombo na Ilha Dourada

 

Acerca deste livro, como de seu autor, afirma (no Prefácio: Nostalgia do Futuro) Casimiro Santos, Professor de História, que “miscigenando a ficção e a etnografia comparada a cada passo, Gabriel Raimundo coloca as suas verosímeis personagens, num quadro utópico sonhado na base da vida real, apontando um futuro em que, parafraseando o Agostinho da Silva, a utopia deixará de o ser para se tornar realidade.

Estas personagens vão-se revelando ao leitor, movimentando-se numa tela de grande reportagem etno-jornalística em que o realismo fantástico assoma a cada passo, ancorado na vida. São personagens de grande riqueza humana, que de riqueza material, quase todos pertencem ao povo trabalhador e muitos comeram o pão que o diabo amassou nesses tempos da travessia náufraga de 48 anos e noutras travessias ainda mais recuadas no tempo.

Mas, para a festa também há espaço. Assume um tom pitoresco a roçar o humorístico numa linguagem descritiva aquiliniana, do século que vivemos, traçando pinceladas que nos fazem sentir no cenário portossantense ou beirão e derramando na nossa imaginação o tinto de Porto Santo de 18 graus que não deixa amargos de boca no dia seguinte, mas uma sensação de plenitude dionisíaca de paraíso. Nestes trechos quase poderíamos dizer que Gabriel Raimundo assume um hedonismo popular na sua escrita.

Repassa nesta escrita um frémito de nostalgia do futuro; este será construído com os melhores materiais do passado, os valores da solidariedade, a alegria da convivialidade, sem falsidades, com a garantia de um desenvolvimento, ecológica e humanamente equilibrado.


Casegas, julho de 2006


Também creio que sim. Desde sempre que os futuros só tornaram presentes, e mais tarde passados, graças a essa reciclagem qualitativa dos valores e da sustentabilidade. Mas convenhamos que está difícil acreditar nisso às primeiras impressões… Uma das coisas que não foram previstas foi esta chaga pandémica atual. Nem Colombo que teve vistas largas, a ponto de ver índios no continente americano, o conseguiria prever. Todavia, algo importa salientar desse movimento caraterístico do tempo nos tempos: é que muitos dos registos utópicos que o passado conheceu, são agora documentos genuínos de como os homens e mulheres de épocas imediatamente anteriores à nossa se viram a si mesmos e a si mesmas, a demais gente, seus sonhos, labutas, lugares e tradições. O que indubitavelmente é uma mais-valia que à presente obra não se pode negar.


HERDEIRA DE COLOMBO NA ILHA DOURADA

Gabriel Raimundo

Arguim Editora Regionalista (Madeira)

1ª Edição, setembro de 2006

6.24.2021

ELINA GUIMARÃES: Uma Feminista Portuguesa, Vida e Obra (1904/1991)

 

A atenção aos demais não é favor que lhe fazemos: é uma obrigação que lhe devemos. Quem lê sabe isso desde os primeiros livrinhos de estórias. Na pior das hipóteses, ou porque leram distraídos e sem a concentração suficiente, se não o registou na memória com as primeiras narrativas, memorizo-o com as segundas. Se não o fez também nessas, é porque é mais um leitor ou leitora rã. Quer dizer, mergulha [no oceano do texto e da leitura] mas não se molha, pois a sua carapaça caraterial não deixa repassar nada. E são dignos de dó, dignas de compaixão…

Portanto, para as pessoas que não têm medo de molhar as asinhas da ingenuidade, proponho uma visitinha ao interior do livro ELINA GUIMARÃES: Uma Feminista Portuguesa, vida e obra (1904\1991); para as restantes, não proponho absolutamente nada, que “quem morre porque quer, não se lhe reza por alma”, como costuma dizer o nosso povo, considerando que se às vezes é rude e áspero, é por saber que lhe andam a querer fazer o ninho detrás da orelha com espíritos santos mal benzidos.

Livro, e personalidade, a propósito da qual Madalena Barbosa, no Prefácio em boa hora afirmou “Com as devidas ressalvas, tal como Sofia de Mello Breyner escreveu no seu poema Catarina Eufémia, são estas as mais belas palavras para uma mulher que soube fazer frente:


O primeiro tema da reflexão grega é a justiça

E eu penso que nesse instante em que ficaste exposta

Estavas grávida porém não recuaste

Porque a tua lição é esta: fazer frente

Pois não deste homem por ti

E não ficaste em casa a cozinhar intrigas

Segundo o antiquíssimo método oblíquo das mulheres

E não usaste de manobra ou de calúnia

E não serviste apenas para chorar os mortos


Tinha chegado o temporal

Em que era preciso que alguém não recuasse

E a terra bebeu um sangue duas vezes puro


Porque eras a mulher e não somente a fêmea

Eras a inocência frontal que não recua

Antígona poisou a sua mão sobre o teu ombro

no instante em que morreste

E a busca da justiça continua


Lutou com armas que sempre serão eficazes, o pensamento e a escrita, e por isso lhe rendemos homenagem e queremos perpetuar a sua memória.”

MÚSICA FRANCESA ROMÁNTICA en Cafés de PARIS / Mireille Mathie : Un Monde...

Barbara Pravi - CHAIR Subtitulada espanol

EDUCAÇÃO UM TESOURO A DESCOBRIR

 

“Dado que oferecerá meios, nunca antes disponíveis, para a circulação e armazenamento de informações e para a comunicação, [o século XXI] submeterá a educação a uma dura obrigação que pode parecer, à primeira vista, quase contraditória. A educação deve transmitir, de facto, de forma maciça e eficaz, cada vez mais saberes e saber-fazer evolutivos, adaptados à civilização cognitiva, pois são as bases das competências do futuro. Simultaneamente, compete-lhe encontrar e assinalar as referências que impeçam as pessoas de ficar submergidas nas ondas de informações, mais ou menos efémeras, que invadem os espaços públicos e privados e as levam a orientar-se para projetos de desenvolvimento individuais e coletivos. À educação cabe fornecer, dalgum modo, a cartografia dum mundo complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permita navegar através dele.

Nesta visão prospetiva, uma resposta puramente quantitativa à necessidade insaciável de educação – uma bagagem escolar cada vez mais pesada – já não é possível nem mesmo adequada. Não basta, de facto, que cada um [e uma] acumule[m] no começo da vida uma determinada quantidade de conhecimentos de que possa abastecer-se indefinidamente. É, antes, necessário estar à altura de aproveitar e explorar, do começo ao fim da vida, todas as ocasiões de atualizar, aprofundar e enriquecer estes primeiros conhecimentos, e de se adaptar a um mundo em mudança.

Para poder dar resposta ao conjunto das suas missões, a educação deve organizar-se à volta de quatro aprendizagens fundamentais que, durante toda a vida, serão dalgum modo para cada indivíduo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente; aprender a viver em comum, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; e finalmente aprender a ser, via essencial que integra as três precedentes. É claro que estas quatro vias do saber constituem apenas uma, dado que existem entre elas múltiplos pontos de contato, de relacionamento e de permuta.”


in EDUCAÇÃO um tesouro a descobrir

Relatório para a UNESCO sobre Educação para o século XXI

Trad. José Carlos Eufrázio

Revisão e prefácio de Roberto Carneiro

Edições ASA, 1996

(página 77)

6.23.2021

SILHUETA DISTANTE

 

SILHUETA DISTANTE


Dito-me estendendo a fala

Sobre o chão que pisaste,

Qu’o coração nunca cala

S’os olhos veem que passaste…


Mas o verde verte agora

Sombra na luz azul do dia,

Qual bandeira qu’aflora

O mal se vê, dos sem poesia!


Joaquim Maria Castanho

6.21.2021

Ideia Líquida

 

IDEIA LÍQUIDA


Leva-me a levada Serra abaixo

Com gestos íngremes e rápidas curvas;

Contudo, se das nuvens me desencaixo

Em trovões, raios (aparo) e novas chuvas

Ou misteriosa sinfonia, rumor (baixo)

Surdina mansa d’água ao rés da terra,

E tilintando espuma, eis que acho

O mais onírico qu’o sonho encerra:


O de ser breu diluído, nascido dos céus

Feito ideia, mas transformada um dia

Em vala de pedra, cimento e poesia

Descendo dos fundos cimos da ribeira

Pra juntar alecrim à urze e uveira,

Send’assim maneira, de dar luz aos ilhéus!


Joaquim Maria Castanho

Com foto de Maria Inês / Mia Teixeira 

#poesia 

#poemas

#redesenharavoz 

#literaturaportuguesa  

6.17.2021

Zaz - Je Veux (legendado)

20 MULHERES PARA O SÉCULO XX, de Inês Pedrosa

 

Em 2001 houve um grupo/comunidade de leitores na Biblioteca Municipal de Portalegre, cuja coordenação esteve a cargo de Inês Pedrosa, a escritora, jornalista e mulher que, sacrificando quantas vezes o seu conforto caseiro na capital, se aventurou pelas estradas da charneca desbravada até este confins nas faldas da Serra plantado, para nos beneficiar com a sua peculiar abordagem da coisa literária. Meia dúzia de portalegrenses fizeram questão de usufruir desses momentos, em sessões mais ou menos mensais, aos quais nem a magia dos fins de tarde em Santa Clara faltou. No último dia, não obstante a má paga que lhe terá sido concedida, houve algumas declarações à imprensa e brindou-me com um livro de sua lavra, publicado no ano anterior, 2000, mas com 2ª edição no ano seguinte. Tenho-o lido e relido, para nunca esquecer que algumas das mulheres sobre quem ela escreve foram guerreiras ímpares que muito contribuíram para tornar a humanidade cada vez mais humana, mais inclusiva, mais igualitária, mais fraterna, mais democrática, mais sensível, mais positiva, mais bonita, mais desenvolvida e mais culta. É esse livro que aqui recordo hoje…


20 MULHERES PARA O SÉCULO XX

Inês Pedrosa

Publicações Dom Quixote

2ª edição - Lisboa, fevereiro de 2001


6.16.2021

a bolsa das marmitas (LIVRO de Joaquim Maria Castanho)

 


A BOLSA DAS MARMITAS é uma novela policial, mas jocosa. De costumes, mas divertida. De crítica social, mas sem magoar ninguém. Que promove uma região, mas nunca a nomeia. Que está pejada de realidade por todas as sílabas, mas como espelho dela.

Carrega consigo o peso da atualidade duma terra (Casal Parado) dividida em quatro: a parte de cima e a parte de baixo; o lado direito e o lado esquerdo. Mas igualmente um romance de afeto e paixão entre duas personagens essenciais: Ludgero Campaniço e Eslovákia Hirondina. O primeiro, oriundo da grande família dos Ninguém-Tem-Nada-Com-Isso; e a segunda, natural de New Ville, que é uma terriola que fica para lá do Canadá.

Todavia, não posso adiantar mais nada… Em breve estará entre nós, e cada leitor ou leitora o poderá constatar por si mesmo, por si mesma.

                                O autor

                    Joaquim Maria Castanho


6.12.2021

hoje

 

HOJE


Procura-me no tempo… Exatamente

Onde o ontem e amanhã fazem esquina;

Tão perto, ao rés do que é permanente

Mas que a eternidade ainda declina.


Não precisas de trazer nada (em mente)

E outras coisas qu’a etiqueta ensina;

Sequer boas intenções… Apenas sente,

Qu’é nas ilusões que o afeto germina.


São elas o caldo viscoso (com gorgulhos)

Visceral, pantanoso, e lamacento,

Apropriado pròs melhores mergulhos

À profundez oceânica do momento.


Ou do exemplo, instante tumescente

Que penetra a lama donde nos contemplo! 

 

Joaquim Maria Castanho

#poesia 

#poema 

#literaturaportuguesa 

#redesenharavoz  

6.07.2021

Sacada Histórica


 

SACADA HISTÓRICA


Esta sacada mora em mim

Como um obstáculo inamovível.

Cerca-me de ferro forjado

Algema-me em formas simétricas

Obriga a ler contornos invisíveis

Entre o miolo branco da luz

Durando mais que qualquer vida.


Já no século XVIII era assim.

E também, quase todos que a viram

Pereceram, ou estão próximo disso

Mais século menos século…

Todavia, ela permanecerá

Por outros tantos – pelo menos!


Joaquim Maria Castanho

#poesia

#redesenharavoz

#literatura

#poema

#certa

#castanho

6.06.2021

SANTO DIA, DIA SANTO

 


DIA SANTO, SANTO DIA


Pelo mau trato

Que a vida me tem dado,

Tu és a minha vingança

Tu és o meu El Dourado.


Neste preparo

Em que a gente balança,

Só tu és quem eu acato

Tu és toda a esperança.


Começo a semana sem ti

Vai a semana no meio,

Ainda nem sequer te vi

Já tenho o copo cheio.


Tento não perder o tino

Qu’a coisa anda aziaga,

Para fintar o destino

Para curar esta chaga.


Neste preparo

Em que a gente balança,

Só tu és quem eu acato

Tu és toda a esperança.


Pelo mau trato

Que a vida me tem dado,

Tu és a minha vingança

Tu és o meu El Dourado.


Entraparam-m’a cabeça

Nada de narizes ao léu,

Pra que não nos aconteça

Ser outras estrelas no céu.


Ind’ò domingo não chegou

Já me sinto a futurar,

Que o sonho também sonhou

Chegar a ti, contigo estar.


Neste preparo

Em que a gente balança,

Só tu és quem eu acato

Tu és toda a esperança.


Pelo mau trato

Que a vida me tem dado,

Tu és a minha vingança

Tu és o meu El Dourado.


Joaquim Marias Castanho

6 de junho de 2021

10:00 / 12:00 horas

6.04.2021

história policial - o que é?

 


HISTÓRIA POLICIAL


É uma narrativa (conto, novela ou romance) em que um detetive decifra um mistério, mediante a conjugação e interpretação de indícios. A história policial teve a sua origem em 1841, com a publicação do conto de Edgar Allan Poe O Duplo Assassino da Rua da Morgue; Poe consolidou firmemente o novo género literário escrevendo vários outros contos de caráter semelhante. As convenções deste género de passatempo sem grandes pretensões literárias incluem certos aspetos de pormenor, tais como a perfeição do crime, a estupidez da polícia, a argúcia ou perseverança do investigador e um desfecho impressionante. É uma regra básica da história policial que o leitor seja posto a par de todos os indícios que possam conduzir a uma solução, à medida que o detetive os vai conseguindo obter. Num sentido muito limitado, pode dizer-se que Sófocles e Shakespeare foram autores de histórias policiais, uma vez que, tanto no Rei Édipo como no Hamlet, se nos depara um heroi a tentar esclarecer a situação na qual está envolvido um assassínio.

Incluem-se entre os mais notáveis autores do género, além de Edgar Allan Poe, Sir Arthur Conan Doyle (as histórias de Sherlock Holmes), S. S. Van Dine (Philo Vance), Ellery Queen, Dashiell Hammett, Dorothy Sayers e Agatha Christie (Hércule Poirot). O belga Georges Simenom é outro autor de histórias policiais que influenciou consideravelmente a novelística do género com a sua famosa figura do inspetor Maigret.


In Harry Shaw

DICIONÁRIO DE TERMOS LITERÁRIOS

Tradução de Cardigos dos Reis

(página 361)

Publicações Dom Quixote

Lisboa, 1978

6.02.2021

A arte das artes

 

A poesia é a arte das artes.

PORQUÊ?


Porque com todas elas, ela convive, sem nenhuma ofuscar, mas antes completando, e acrescentando valor, como sucede com a música, com a pintura, com o teatro, com o romance, com o cinema, com a fotografia, com a escultura, com a arquitetura, com a paisagística, com a pedagogia, com a didática, com o desporto, com a gastronomia, com a decoração urbana, com a decoração doméstica, com a filosofia, com as ciências, com as ideologias, com a política, com a história, com o moderno, com o antigo, com o exotismo, com o esoterismo, com a cibernética e com a semiótica. Com o design e com TV.

Quando Bob Dylan, num passado ainda recente, foi laureado com o Prémio Nobel da Literatura, enquanto poeta, estendeu esse prémio a outra arte: à música.

Quando foi atribuído, a Gabriela Mistral, nos meados do século passado, o Prémio Nobel da literatura, ela estendeu-o ao magistério primário, à pedagogia e à didática.

Quando no quotidiano, no dia a dia, em qualquer esquina, em qualquer café, em qualquer praia, em qualquer rochedo, em qualquer floresta, em qualquer fábrica, em qualquer repartição, em qualquer meridiano, nos acontece a poesia, ELA decora-os, embeleza-os, e dá-lhes sentidos e significados que, até aí, nunca tiveram ou lhes foram reconhecidos.

A POESIA É DESVIO. Sem ELA, tudo é rotina. Tudo é tédio. Tudo é compulsão. Tudo é monotonia. E tudo é lassidão.

Na economia, no jornalismo, na rádio, na televisão, marca presença, ilustra, dignifica, ou serve de argumento às matérias da comunicação social. Os jornais de referência repetem-na em títulos e a publicidade em slogans.

A poesia motiva, mostra, festeja, celebra, enaltece, conta, regista, fixa, o que a humanidade tem de heroico (ÉPICA), de existencial (DRAMÁTICA), de sentimental, emocional, afetivo e psicológico (LÍRICA), em cada uma das suas eras, de suas aspirações, de suas crises e de seus sucessos. Torna presente o que foi passado; “realiza” o que será futuro.

É imprescindível nas comemorações, atos solenes e passos em frente, de quase todas as culturas da atualidade. Os hinos de todos os países, compõem-se de poemas mais ou menos musicados, dando relevo ao que há de mais profundo em suas almas, seus inconscientes e conscientes coletivos.

Seja o que for que a humanidade fez ou possa vir a fazer, foi antevisto pela poesia, e diversos poetas ou diversas poetisas passaram por lá anteriormente, e interiormente.

A poesia integral, a prosa versificada e a prosa poética, divergem formalmente, mas estão unidas, e imbuídas, do mesmo sentido gregário, artístico, poético, ético, estético, literário, linguístico, pedagógico, filosófico e socializador, reunindo os seus cultores, fazedores e apologistas, numa mesma, grande e universal família – a nossa, a da POESIA. Umas vezes, cada qual trabalhando em separado e avulso; outras, em equipa, criando, divulgando, promovendo, usufruindo, trazendo a arte das artes para a praça pública, para o dia a dia. Para a publicação, para o entretenimento, para o espelhar da alma e das almas, para o livro… Como neste caso.


O livro qu’aqui ‘tá – obra com muita gente,

É um verso plural, poema coletivo.

Reúne de cada qual o ser diferente;

Dá a todos e todas, um sentir positivo.


Joaquim Maria Castanho


La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

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Escribalistas é órgão de comunicação oficial de Joaquim Maria Castanho, mentor do escribalismo português