NO
BALANÇO DA FOLHA
O
vento fustiga arvoredo
Cujas
folhas já combalidas
Jogam
fora o verde segredo
E
sucumbem amarelecidas.
Caem
ao chão ou levantam voo
Riscam
as sombras desmaiadas,
Alisam
cinzas que o céu coou
Entre
nuvens desidratadas
– Que
nem pingo d'água escorrem,
Que
nenhuma vivalma acodem.
Porém,
se uma se inclina
Balança
entre mil cuidados,
Reluz,
sede sacia, anima
Até
os sonhos bloqueados.
Joaquim
Maria Castanho
Com
foto de Elie Andrade
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