MANTO
VESPERTINO
Qual
espetral viajante celeste,
Que
raro despeja água no chão silvestre...
Mas
às vezes calha!
O
azul é plúmbeo, o mar pebleu
E
aquilo que nele voga almas são
De
estranha forma, trôpega locomoção...
Exatamente
como eu!
No
mar que nada de mar tem
Sequer
o azul marinho que espelha o céu,
Nada
navega, nem escolhos, nem ninguém
Além
do manto da tarde
Onde
não arde nenhum véu!
Joaquim
Maria Castanho
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