POEMA ÀS SOMBRAS QUE PASSAM
É um silêncio interrompido
Melodia ténue em suspensão
Dum olhar trocado e consentido
Da pedra fria à pedra, na ilusão
De outra coisa ser, já quase dita
Num gesto sem movimento, sugestão
Dele só, capricho imaginado
Qual Adamastor em vão tormento
Senhor do mundo na profundidade.
Senhor dessa poalha universal
Superficial sem ter nem idade
E desconhece quanto é real...
A cujas sombras, pra lá da cortina
Diz o que a humidade lh'ensina!
Joaquim Maria Castanho
Com foto de Elie Andrade
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