ÍNTIMA ESPIRAL
Mas limito-me a ler a espera
Entre ser e ver-te, assim real
Enquanto o coração acelera
E entretece o voo original,
O retorno ao eterno querer
Onde os sonhos e a Quimera
Nunca esperam o nosso dizer
A fala, a palavra de quem dita
Que ser é ver que se acredita.
E por esse interregno suposto
De quem se sacrifica e imola,
Gosto tanto de gostar, qu’o gosto
É um éter que me dilui e evola.
Joaquim Maria Castanho
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