RAIO ILUMINADOR
Virou-se-me a vida do avesso
– Mancheia de gatas num balaio! –
Que dias há em que não só tropeço
Como, mal dou por mim, também caio.
E fico sem saber onde pertenço
Nas músicas de se entro ou saio
Quando, entrançado, estremeço
Suspenso por esse divino raio…
Luz que A Deus jorra e aplica
À razão dos que quer fortalecer,
Que onde Ela se mete não s'explica
Nem nenhum soneto o saberá dizer:
Assim, como eu, mudei prò Benfica
E não foi só por cansaço de perder!
Joaquim Maria Castanho
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