LETRA S
Senhora da penha
Da luz, da chegada,
Se sinal, és senha
De rio alvorada,
Nas hortas marcada
Plo pão com manteiga, plo galão quente
Das primeiras notícias do mundo
Da escola, da terra ou da gente,
Nesse nosso pertencer tão profundo.
Tão no ser sentido
No querer forjado,
Chutando o perigo
Para outro lado.
Para outras bandas
Sem almas nem gado,
Onde as desmandas
São por mel coado.
Pelo grão na asa
Por tudo e por nada:
Batizo em casa,
Velar de finada.
Ou ida às “sortes”
Buscando canudo,
Onde essas mortes
Por tudo e por nada
São nadas do tudo.
Joaquim Maria Castanho
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