LETRA D
Depois do depois, dito agora
Despe-se devagar-devagarinho
Uma árvore que o vento aflora,
E sem demora acata teu jeitinho
De sol, luz em pétalas aspergida
A brilhar em si bemol, pró hino
Que soa se entoa a própria vida.
Diz que lançou raízes no destino.
Diz que deve quanto é A Deus.
À desdita, porém, nega o caminho
Feito à imagem dos passos teus.
E diz-me a mim, que somente digo
Para dizer quanto te quero bem,
Que, se puder seguir no vento, sigo
Pra tocar-te, mal ele te aflore também.
Joaquim Maria Castanho
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