SOL VAGABUNDO
Aquela que eu amo, é o meu amor.
Não há no universo ninguém tão lindo.
E, muito menos, até dele em redor
Se me diz «Bom dia» e fala sorrindo.
Pequena (luz), gotinha qu’é também flor,
É a nova estrela do céu infindo
A quem a lua pede brilho «por favor»;
E as plantas imitam, se florindo.
Contudo leva os dias a trabalhar
Como astro insigne, ou segundo…
Mas se houvesse justiça no mundo
O sol pedia ao meu amor pra brilhar;
Assim, não passa de um vagabundo
À volta de quem a Terra anda a girar!
Joaquim Maria Castanho
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