10.20.2016

OLHAR VAZIO




OLHAR VAZIO 

Por me arrastar pelas horas
Deste dia assaz corroído, 
No plangente chiar de noras
A tirar dor do tempo tido, 
É que o sol, em febre, dolente
Raios macilentos, chorosos
Anda nas sombras desta gente
A pisar fungos ou remorsos
(Líquenes sociais venenosos) 
Pra destilar em aguardente
Fogo, desespero stressado 
De quem está aqui por falta de lado. 

Sou a mágoa fria, preconceito; 
Detenho na lápide do dia
A faca da frieza que mata; 
O silêncio que a mudez retrata; 
O (in)conformado trejeito 
De quem olha dentro da poesia
E não se vê como antes via!  

Joaquim Maria Castanho 

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La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

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