4.29.2012


“Só acredito nos deuses da fábula, da Mitologia… Ceres farta e abundante, a encher de flores e frutas os vergeis, Ceres, a alma perfumada das laranjeiras, é uma santa da minha devoção. – Esqueceu-se Fred, que tenho horror às mulheres gordas…
Pan, tocando a sua flauta de pastor, num canto florido do bosque, é o meu anjo da guarda!
Já depus uma complicada oferenda d’ovelhas e de pombas no altar d’Eros!
Tenho um fraco pelos faunos, que se escondem nos maciços de madressilvas para surpreender as ninfas, que nas brandas noites, dançam ao luar! – Em boa hora não se lembrou de dizer que faço parte do bailado!
Acredito na virtude cantante das fontes e acho mais devotas de que as cátedras, as árvores, erguendo para o céu, as torres de verdura!
Se, nas doces tardes de Maio, alguém me viu no mês de Maria, é porque nessa devoção cristã, a uma virgem, coroada de rosas, erra ainda, perfumada e bela, a alma do velho paganismo!...” (In LUZIA, Os Que Se Divertem, p.152)

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La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

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Escribalistas é órgão de comunicação oficial de Joaquim Maria Castanho, mentor do escribalismo português