12.16.2010



Em Resposta a Natércia (1)


Deixa-te disso, amiga, não me pregues (2).
Amor é para mim uma quimera;
Em meu peito deserto não prospera
Mais que a lei da razão, que tu não segues.

Bem percebo essas máximas sublimes
Que ostenta a gente fraca, e que despreza
Quem tem força, quem doma a natureza,
E quem não quer passar de erros a crimes (3).

Faze embora elogios à inconstância
Ama vinte, se queres, não me importa;
Eu para criticar já estou morta…
Não conheces a minha tolerância?

Sou de composição muito esquisita:
Não creio nos amores desta terra,
E declaro aos amantes maior guerra,
Quando de amor minha alma necessita (4).

Quem vês tu que mereça ser amado?
Qual do culto do Amor digno hierofonte (5)
Não terá, co’as fraquezas de inconstante,
Os augustos mistérios profanado?

Amor em mim não é qual o tu sentes,
Um clamor, um tumulto dos sentidos;
Eu tenho esses escravos submetidos
A leis mais elevadas, mais decentes.

Sinto amor como a terra toda sente
As forças que a mantêm, forças diversas;
Amor me faz fugir de almas perversas,
Por amor busco eu em vão uma inocente (6).

De opiniões cobardes governados,
Os homens hão de rir destas doutrinas,
Hão de rir os peraltas e as meninas:
Queres que adore um desses malcriados?...


(Sozinha no Bosque)

Sozinha no bosque
Com meus pensamentos,
Calei as saudades,
Fiz trégua a tormentos.

Olhei para a lua,
Que as sombras rasgava,
Nas trémulas águas
Seus raios soltava.

Naquela torrente
Que vai despedida
Encontro, assustada,
A imagem da vida.

Do peito em que as dores
Já iam cessar,
Revoa a tristeza,
E torno a penar.


(Como Está Sereno o Céu)

Como está sereno o céu,
Como sobe mansamente
A lua resplandecente,
E esclarece este jardim!

Os ventos adormeceram;
Das frescas águas do rio
Interrompe o murmúrio
De longe o som de um clarim.

Acordam minhas ideias,
Que abrangem a natureza,
E esta noturna beleza
Vem meu estro incendiar

Mas se à lira lanço a mão,
Apagadas esperanças
Me apontam cruéis lembranças,
E choro em vez de cantar.


(1) Natércia é o nome poético da viscondessa de Balsemão, D. Catarina de Sousa e Lencastre. Esta carta escrita, provavelmente, pouco tempo depois da saída do convento de Chelas, em 1777, no tempo em D. Leonor era cortejada por mais de um fidalgo da corte, responde a outra da amiga, em que esta, pelo que se deduz, proclamava os direitos do amor, a santidade da paixão, segundo as doutrinas do tempo, que prepararam seguidamente os ideais românticos. E as duas representam, em consonância, as duas correntes da época: uma, o filosofismo; a outra, o sentimentalismo.
(2) Pregues – manobra de persuasão, ou tentes convencer.
(3) De erros a crimes – D. Leonor que nesse tempo afectava espírito filosófico, considerava o excesso da paixão como um erro que pode levar ao crime. É curioso verificar que a sua amiga se colocava no polo oposto, o que suscita o elevado interesse por esta carta, enquanto item para a história da cultura do romantismo português.
(4) A atitude filosófica racionalista era uma violência ao coração de Alcipe, conforme se nota nestes versos em que a razão está a subjugar o coração.
(5) Hierofonte – sacerdote.

D. Leonor de Almeida – A futura Marquesa de Alorna nasceu em Lisboa, em 1750. Como era da família dos Távoras, foi em 1758 reclusa no mosteiro de Chelas, com sua mãe e uma irmã, D. Maria de Almeida, tendo sido o pai, por sua vez, internado no Forte da Junqueira.
Como a vida não corria, não obstante, e de todo em todo, mal para as jovens prisioneiras, que se entretinham com o aprendizado das artes e o usufruto da música e da dança, D. Leonor começou a interessar-se pelos filósofos portadores das ideias de liberdade: Locke, Voltaire, Rousseau, D’Alembert, etc. Essas leituras e a formação reclusa, a sua história pessoal e familiar, contribuíram para a gestação de uma pequena alma revolucionária, que passou a exprimir-se, sobretudo, através da composição poética, o que, elevou notoriamente a afluência ao convento, para admirar o prodígio, nomeadamente dos melhores espíritos da época, entre os quais os poetas Correia Garção, Filinto Elísio, Domingos Maximiano Torres, e demais tentaculares promessas desta geração.
A jovem Alcipe, nome que deram à nova poetisa, tomou-se de alta admiração por Filinto Elísio, que lhe ensinava latinidade e mantinha agradável idílio com a sua irmã. Em 1777 abriu-se-lhes o convento e D. Leonor veio a casar, seguidamente, com um oficial prussiano, o Conde de Oeynhausen, residente em Portugal, o qual acompanhou mais tarde a Viena, em 1780, onde se familiarizou com o estudo da literatura alemã, o que a mudou consideravelmente, transformando a antiga discípula dos filósofos da liberdade numa política tradicional e nacionalista ferrenha, que chegou mesmo a desafiar, por carta, o próprio Napoleão. Porém, dava-se nela aquele desequilíbrio, enfim, naturalmente sinal dos tempos, porquanto se demonstrara incapaz de se submeter às realidades, mentalmente indisciplinada, andando em brigas constantes com credores, o que além de muitos dissabores, lhe acarretou diversas situações difíceis.
Pina Manique considerava-a perigosa e mandou-a sair de Portugal. Fixou-se então em Inglaterra, de onde regressou em 1814. Acolhia os novos com deferência e dava-lhes conselhos literários, como sucedeu com Alexandre Herculano, que deveu “à ilustre senhora” os primeiros passos na literatura alemã. E faleceu em 1839.
O estilo da Marquesa de Alorna é um estilo de transição do classicismo (tipo horaciano) para o romantismo (incipiente), grandemente influenciado pelos autores ingleses e alemães, em que apontam temas de melancolia vaga, o «novo mal» da época, como ela afirmou, em que as «as almas sensíveis» liam poesias ao luar, sob as ramadas, atacando o despotismo em nome da liberdade.

12.15.2010


Alexandre, Marília, qual o rio,
Que, engrossando, no inverno tudo arrasa,
Na frente das coortes,
Cerca, vence, abrasa
As cidades mais fortes;
Foi na glória das armas o primeiro,
Morreu na flor dos anos (7) e já tinha
Vencido o mundo inteiro.


Mas este bom soldado, cujo nome
Não há poder algum que não abata,
Foi, Marília, somente
Um ditoso pirata,
Um salteador valente.
Se não tem uma fama baixa e escura,
Foi por se pôr ao lado da injustiça (8)
A insolente ventura.

O grande César, cujo nome voa,
À sua mesma pátria a fé quebranta;
Na mão a espada toma,
Oprime-lhe a garganta,
Dá senhores a Roma.
Consegue ser herói por um delito;
Se acaso não vencesse então seria
Um vil traidor proscrito.

O ser herói, Marília, não consiste
Em queimar os impérios: move a guerra,
Espalha o sangue humano
E despovoa a terra
Também o mau tirano.
Consiste o ser herói em viver justo:
E tanto pode ser herói o pobre,
Como o maior Augusto.


Eu é que sou herói, Marília bela,
Seguindo da virtude a honrosa estrada.
Ganhei, ganhei um trono,
Ah! Não manchei a espada,
Não o roubei ao dono!
Ergui-o no teu peito e nos teus braços;
E valem muito mais que o mundo inteiro
Uns tão ditosos laços.


Aos bárbaros, injustos vencedores
Atormentam remorsos e cuidados;
Nem descansam seguros
Nos palácios cercados
De tropa e de altos muros.
E a quantos nos não mostra a sábia História,
A quem mudou o fado em negro opróbrio
A mal ganhada glória!


Eu vivo, minha bela, sim, eu vivo
Nos braços do descanso e mais do gosto (9).
Quando estou acordado,
Contemplo o teu rosto (10),
De graças adornado;
Se durmo, logo sonho e ali te vejo.
Ah! Nem desperto nem dormindo sobe
A mais o meu desejo!

Tomás António Gonzaga (Porto, 1744 - Moçambique, 1810), in Marília de Dirceu

(7) Alexandre morreu aos 32 anos.
(8) Injustiça – conquistar pela força.
(9) O poeta que assim se exprimia estava à beira da desgraça, pois, pouco tempo após, seria metido numa escura masmorra da Ilha das Cobras, como implicado na Conspiração Mineira.
(10) Contemplo no teu rosto – no em vez de em teu rosto, populariza e torna menos expressiva a expressão.

12.09.2010



A Fundação Calouste Gulbenkian, em colaboração com o Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa, promove um ciclo internacional de conferências intitulado Image in Science and Art. No próximo dia 15 de Dezembro (quarta-feira) terá lugar no auditório 2 da Fundação Gulbenkian, às 18.00, a conferência The Problem of a Picture of an Atom, proferida por Christopher Toumey (Universtity of South Carolina | NanoCenter).


A credibilidade da nanotecnologia advém em grande parte do facto de produzir imagens detalhadas e atraentes de átomos, moléculas e outros objectos da nanoescala. Mas essas imagens não são como as fotografias. No caso da fotografia, pode comparar-se a foto de um objecto com o objecto em si, de forma a verificar se a foto constitui uma imagem fiel do objecto. As nanoimagens, porém, são interpretações visuais de dados electrónicos, e geralmente incluem uma série de melhorias artificiais. Isto significa que uma imagem de um átomo ou de uma molécula não é uma imagem fiel de um átomo ou de uma molécula.


Christopher Toumey irá falar-nos sobre a história da microscopia electrónica até aos nossos dias e da situação actual da nanoimagens. Em seguida, para explorar o modo como se pode obter o máximo benefício a partir do conhecimento visual contido nas nanoimagens, irá rever alguns princípios da teoria Cubista inicial. Pode-se aplicar esses princípios às nanoimagens: em vez de abandonar nanoimagens problemáticas, poderá entender-se melhor as imagens de objectos à nanoescala olhando para eles da mesma forma com que os primeiros Cubistas olharam os objectos por eles pintados.

11.16.2010

A Crítica da Razão Suficiente


"E contra fatos tudo são argumentos. (...) Vocabuliam-se dúvidas, instantaneavam-se ordens: (...) Quando o silêncio clareia é que se escutam os escuros presságios. (...) [Só] Os anjos é que vêem o que não se passa." – in O Último Voo do Flamingo, de Mia Couto.

Se à cultura cabe a crítica da natureza é, porém, a civilização quem está mais próxima e funcional, adaptada, se coadunada e em conformidade, quanto à execução prática dessa crítica, para o que deve contar sempre com a viva e vivaz oposição, frontal e inequívoca, da arte em geral, e de cada uma de todas as artes, em particular, sem exceção, incluindo as requentadas e recicladas pelas valências e potencialidades das novas tecnologias (TIC). A portugalidade já patinhou demais no lodeiro do lamechismo bem pensante, civilizado e requintado dos extremismos canónicos, esborratando-se e diluindo-se nos interesses e demandas templárias, que sob o pretexto de serem esses templos a pagar as contas da despesa corrente no mecenato da competição desestruturante, se outorgam como lídimas autoridades na determinação da estética, na escolha e definição dos conteúdos, na modalidade apelante, na delineação da forma e decisão sobre o tipo e qualidade dos materiais ou suportes, no entabular das estruturas, enfim, nas motivações e motivos, nas técnicas e efeitos limítrofes e colaterais, intrínsecos a essa coisa pública chamada cultura, enquanto conteúdo veicular da arte e nas artes, ao exporem-se alternativas da realidade (criticada). A literatura, a ficção, a poesia, não podem continuar a ser coutadas de pategos, ou atiradores aos patos, sem época de defeso nem contagem estatística de disparos. José Saramago podia não ter sido um grande e genial escritor, daqueles que tiram coelhos da cartola por dá cá essa verba, como afirmam pretender, desabafando, alguns eruditos de café, nas suas elevadas tertúlias de interpretar os títulos do Correio da Manhã, ao que parece tarefa altamente transcendental para os de verve acicatada e soletração esforçada, mas foi o melhor do seu tempo, breve como é óbvio, logo da sua geração, neste país de baptistas a quem inchou o p da sopa para melhor realçarem o seu desacordo quanto ao Acordo Ortográfico. Todavia, nem oito nem oitenta, que abusar do seu esplendor para estender a manta burguesa sobre a relva das vaidades numa feira de brocados, com documentários e brochuras, de enaltecimento umas, de petiscar as migalhinhas da fama, outras, não (com)prova absolutamente nada da excelência da sua obra e bondade do autor, nem acrescenta o quer que seja ao que já de ambos se sabe, ou merece ser conhecido, quanto às virtudes técnico-narrativas, ao universo intertextual, acompanhado ou não das fantásticas e maravilhosas companhas, desprendidas e abnegadas no outrismo missionário, nestas ou naquelas paragens, posições ou protagonismos, no cocuruto de um vulcão de latente eclosão, ou em calções de banho num mar de sargaços e sanguessugas, ainda que alguém suponha com isso criar leitores, aumentar pecúlios editoriais, estimular a leitura e combater o analfabetismo, injetar soro mental e cultural nesta civilizada prole de herdeiros do obscurantismo salazarista, com assento na tribuna popularucha da acentuada distinção tribal, a que soe chamar-se, classe média esclarecida e (recém)formada pelas novas oportunidades, maiores de vinte e três e demais recursos da ansiedade governativa para subir no ranking do desenvolvimento humano, esquecendo que tal sofreguidão cheira a gato com o rabo de fora, propícia a indispor os narizes sensíveis – e melindrados – do empinado balofo dos narcisos sem fundamento, proporcionando aos autoconvencidos da razão suficiente o peculiar cheiro a esturro, que angélicos, tanto almejaram notar ainda em vida do autor laureado com o Nobel, nascido na azinhaga da decantação dos discursos diretos.
O livro, que já não é o que era e ainda nem imagina que virá a ser, e nele, a ficção, a novela, a poesia, o ensaio, o teatro, o sermão, a epístola, o diário de bordo, o diário, o relato de viagem, a reportagem existencial, o recado, a crítica, a estampa soletrável ou o bilhete/cábula de memória, sendo contudo produtos culturais por excelência, e grau superlativo na capacidade de veicular conteúdos, está para a civilização como a palavra está para a cultura: sintetiza-a, reflete-a, aprofunda-a, liberta-a, torna-a evidente, fluente, plausível e indesmentível, reconhece-a e divulga-a, exemplifica-a e corrompe-a. Sobretudo quando nos serve o romance. Tal como sucede com O Último Voo do Flamingo, de Mia Couto, que nos abre as portas para a (civilizada) Tizangara, uma aldeia situada no profundo algures da moçambiquidade, com porto de escala na portugalidade fluente da pronúncia social, e política, onde apenas os fatos são sobrenaturais, contra os quais quaisquer argumentos são superiormente válidos, deixando tudo o resto, que é imenso, na arca da emoção que, como todos sabemos, é razão mais que suficiente para cometer a vida e a morte, o sentimento e a economia, a guerra e o desfrute, ainda que lhe pertença por lei nem herança, por conquista nem dádiva.
Obra de entretenimento linguístico, que explora o sketch e a anedota como canoa para saltar fora do ambiente social visado, distanciamento tradicional dos antropólogos e sociólogos, biólogos das humanidades, que gostam de viajar entre os pingos da chuva, contorcendo-se entre os riscos de água na observância resistente, reproduzindo-o com as salvaguardas usuais e concedidas aos que romperam o manto da desabilitação académica, não pretende emitir uma mensagem nem desocupar uma expectativa de socialização, porquanto o buraco que cresce e faz desaparecer as nações, vai desde a corrupção à ignorância supersticiosa, e esse submergir é tão consequente a um mundo civilizado mas de cultura pouco esclarecida, como a um mundo inculto mas de civilização avançada, sem intenção definida e eticamente positiva, independentemente de serem aves (flamingos) que empurram o tempo para que o dia de amanhã se verifique, ou os comboios suburbanos da madrugada nas grandes metrópoles. Porque o que é certo, é que esse dia só acontecerá, não pelas razões legítimas e cientificamente reconhecidas, mas sim por gestação fantástica de causa e efeitos, em que as causas são sempre razões suficientes e os efeitos fatalidades incontornáveis, o que é quanto baste para destruir o conceito de cultura, uma vez que ele não crítica a natureza e antes a subscreve, relatando-a, no mais profundo da crendice e superstição animal comum ao homem pouco (ou mal) formado.
É uma novela com a qual a gente se ri para nos esquecermos de quão importante seria lamentarmo-nos pelo espelhado nela. Ri para não chorar, cumprindo um fado que nos foi ligado e anexo com as caravelas que aportaram a tamanho país, onde as crianças não têm acesso a esta e demais obras de Mia Couto, porque as não podem comprar nem existem nas bibliotecas, escolares ou públicas, porque quem as fez, escreveu, inventou, deixou de ser seu dono mal as publicou, passando de imediato a serem elas propriedade/produto de uma indústria cultural marxistamente civilizada a quem dá muito jeito as mais-valias resultantes, para premiar o investimento aos sócios anónimos da sua assembleia de acionistas. É um exemplo, de como os autores literários continuam a andar com os sapatos nas mãos, para só os calçar quando em pose, na representação do algo que os notabiliza, para não desgastar nem sujar o seu luxo de civilizados, embora se descalcem imediatamente a seguir ao fim da encenação e da saída dos mass media. Ou das entidades oficiais.
Escrever, criar, usufruir da técnica e da cultura, é muito mais do que bater palminhas às existências, às civilizações, mesmo que se lhe empreste uma graciosa pantomina de bobo em corte abonada: é criticar o que a natureza e a cultura forjaram, espremer a civilização condensada, até estas gerarem o desenvolvimento que as oblitere, e em síntese, as negue, desmascarando-as tão impróprias para futuro como já o são de sobejo no presente. Principalmente porque não há de ser pela circunstância de alguns babuínos/beduínos continuarem a caçar flamingos, conforme gentileza documental da National Geographic, que o dia de amanhã acontecerá. Esse depende do Sol, que desde remotas e soterradas épocas, continua a chamar-se Arina. Tão certo como três mais dois serem cinco, e mais um seis, que a perfeição é um oito adormecido no horizonte, sob o lusco-fusco de violetas timbrados, esperando as estrelas que nos perseguem (e espreitam). E seria preciso outra razão? Não é esta suficientemente forte para querer apagar os buracos negros do firmamento da esperança? Experimentem!

11.12.2010

Outra notícia que importa não deixar cair no esquecimento... Sobretudo quando se está prestes a fechar o balanço de 2010, repetindo o que foi feito em anos anteriores.


O Pedido de Adesão de Portugal às Comunidades Europeias: aspectos Político-Diplomáticos


Este ano o ensaio vencedor do Prémio Jacques Delors tem por título «O Pedido de Adesão de Portugal às Comunidades Europeias: aspectos Político-Diplomáticos» e é da autoria de Francisco Niny Pereira de Castro.

A obra, refere todos os aspectos políticos e diplomáticos do pedido de adesão, bem como os aspectos mais significativos do debate e preparativos que antecederam a iniciativa do governo português ao fazer o pedido de adesão de Portugal às Comunidades europeias. Assim, esta obra, torna-se uma leitura indispensável, justamente no ano em que se comemoram 25 anos de assinatura do tratado de adesão
Segundo o editor, «A adesão às Comunidades Europeias é a decisão estratégica mais importante do regime democrático português. Terminado o ciclo do império, o pedido de adesão de 1977 significa a construção de um novo lugar no mundo e a procura de uma nova identidade para Portugal. Mas é também um «seguro» para o novíssimo regime democrático, e, ainda, um possível trunfo político para o I Governo Constitucional.
Para os nove Estados-Membros da CEE, a adesão portuguesa só podia ser pensada no contexto ibérico e no avanço da democracia parlamentar na Europa. O pedido de adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia foi antecedido por um período de sondagens diplomáticas e por contactos directos entre o Primeiro-ministro português e os seus homólogos europeus, em Fevereiro e Março de 1977.
Este livro fala sobre os aspectos político-diplomáticos desta iniciativa portuguesa.»

A obra encontra-se disponível para consulta e empréstimo na biblioteca do CIEJD, e está à venda nas livrarias da especialidade.

O júri decidiu, ainda, atribuir três menções honrosas, pela excelência dos trabalhos de: Mafalda Alexandra Lobo Pereira da Silva, pela obra A Imagem de África na Imprensa Europeia: O caso da Cimeira UE-África em Dezembro de 2007, Maria Dulce Tavares Martinho, pela obra A França na Reflexão Europeia de Eduardo Lourenço e Vanda Raquel Alves Pacheco, pela obra Entre a fobia da cigarra e a apologia da formiga: a Inclusão Activa e os Esquemas de Rendimento Mínimo na Europa.

O Prémio Jacques Delors é um galardão instituído, em 1996, pelo Centro de Informação Europeia Jacques Delors, patrocinado pelo Banco de Portugal e atribuído por um júri constituído por personalidades nacionais de reconhecido prestígio e mérito científico.

A distinção visa incentivar o aparecimento de obras inéditas sobre temas comunitários, em língua portuguesa e é atribuída ao melhor estudo académico apresentado, sobre a temática.

Todos os anos os candidatos são convidados a apresentar os seus trabalhos até 16 de Novembro, sob as condições do regulamento. Os trabalhos podem abranger teses de mestrado e de doutoramento que não tenham sido objecto de publicação.

Aproveite para conhecer também outras obras distinguidas pelo Prémio Jacques Delors em: http://www.eurocid.pt/pls/wsd/wsdwcot0.detalhe?p_cot_id=632&p_est_id=2558
Importa não esquecer...




Mostra de documentários europeus

A Associação pelo Documentário (Apordoc) organizou uma mostra de documentários europeus para assinalar o Dia da Europa (9 de Maio), em resposta a um concurso lançado pelo Centro Jacques Delors, enquanto Organismo Intermediário da Comissão Europeia.

O Doc_Europa II exibiu 27 filmes (um de cada país membro da União Europeia), de acesso livre e gratuito, no Porto, na Fundação de Serralves entre 7 e 9 de Maio e em Lisboa, no Instituto Franco-Português, entre 14 e 16 de Maio, de 2010.

Este festival documentário visou a diversidade cultural da UE, sugerindo uma reflexão sobre o lema: «Afirmação da União Europeia no Mundo».

Segundo a Apordoc, «afirmar inteiramente um projecto como a União Europeia é afirmar com temperança, sem excesso, integrar nessa afirmação o bom e o imperfeito. Afirmar é, nesse sentido, enfrentar os medos sem os sentir como ameaça - velhice, imigração, pobreza, doença, desgaste ambiental, tensões entre tradição e modernidade, transformação dos modelos de família, mudança política, sexualidade. Enfrentar medos com um olhar honesto e frontal é tratá-los sem artificialismos ou fugas. O cinema mostra ao mundo como fazê-lo.»

Esta foi uma iniciativa da Comissão Europeia, através da sua Representação em Portugal, promovida pelo Centro de Informação Europeia Jacques Delors, enquanto Organismo Intermediário e foi executada pela Apordoc

Para informações complementares, há “notícias” nos sítios seguintes, que também ajudam ao escoramento do assunto: http://www.eurocid.pt/pls/wsd/wsdwcot0.detalhe?p_cot_id=4975&p_est_id=10821
http://www.eurocid.pt/pls/wsd/wsdwcot0.detalhe_area?p_cot_id=6168&p_est_id=12864

http://www.eurocid.pt/pls/wsd/wsdwcot0.detalhe?p_cot_id=6259&p_est_id=13041
http://ec.europa.eu/portugal/comissao/index_pt.htm

11.10.2010

A Fundação Calouste Gulbenkian, em colaboração com o Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa, promove um ciclo internacional de conferências intitulado Image in Science and Art, que terá início a 17 de Novembro, às 18.00, com a conferência “Taking it on Trust” in Images of Nature e que será proferida por Martin Kemp, reconhecido investigador da obra de Leonardo da Vinci.
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Martin Kemp dedica-se ao estudo de imagens na arte e na ciência desde a Renascença até aos dias de hoje. É autor do livro Leonardo da Vinci que lhe valeu o Prémio Mitchell. Foi curador da exposição Leonardo da Vinci, na Hayward Gallery de Londres. É organizador e co-autor do livro The Oxford History of Western Art.

INFORMAÇÕES
Rita Rebelo de Andrade SERVIÇO DE CIÊNCIA FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN
Av. de Berna, 45 A – 1067-001 LISBOA
T. 21 782 35 25 E.
scienceandart@gulbenkian.pt www.gulbenkian.pt
W.
www.gulbenkian.pt/scienceandart
Videodifusão
http://live.fccn.pt/fcg

IMAGE IN SCIENCE AND ART


São inúmeras as relações e interacções entre ciência e arte. Mas convém não cairmos em generalizações fáceis e pensar que tudo se assemelha, que é fácil estabelecer pontes entre os vários domínios do conhecimento. Exactamente por corresponderem a linguagens especializadas e de grande precisão, as ligações conseguem-se recorrendo sobretudo às componentes mais tácitas, à expressão das emoções, à infraestrutura de sensibilidades em que estamos mergulhados, ao espírito da época. Em cada tempo histórico estas relações mudam e importa compreender aquilo a que se dá valor essencial no presente.

A arte foi um vector poderoso de transmissão de valores e de cultura durante milénios, tendo-se tornado num instrumento consciente de libertação e de emancipação do homem somente há pouco mais de um século. Mas o artista, como sujeito, é parte do objecto que retrata, é inseparável do seu modelo, da sua escolha. Por outro lado, a ciência moderna foi marcada desde o seu início pela emancipação e capacidade de objecção dos seus praticantes, que sempre pretenderam (em última análise) eliminar o sujeito do quadro de observação da realidade – tal era a ânsia de universalidade na descrição dos fenómenos naturais que os animava. Aqui reside em grande parte o abismo entre a arte e a ciência. Mas estes saberes partilham igualmente estratégias comuns: quer a arte, quer a ciência, precisam de ser públicas (ou publicadas). É este o critério último da verdade que pretendem transmitir.

Pensamos assim que a série de conferências sobre a imagem na ciência e na arte que a Fundação Calouste Gulbenkian realiza, em colaboração com o Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa, é um excelente modo de revisitar todas estas questões, pela qualidade e diversidade dos oradores, bem como dos temas que vão debater com o público. Pensamos também que servirão como um pertinente revelador das rupturas e das inquietações que nos acompanham neste século XXI.
Julho 2010.

João Caraça

Director do Serviço de Ciência da Fundação Calouste Gulbenkian


Abstract
“Taking it on Trust" in Images of Nature
Images in the natural sciences exploit visual rhetorics (invented in art to some extent) to put us in the position of a virtual witness, to convince us of the reality of the image, or are used to assert the irrefutable precision of the visual data. They also play into the social settings for the production and marketing of the books in which they appear. The examples will extend from the Renaissance to the present day. Then as now we take a good deal "on trust" when accepting the veracity of a representation.
______________
Martin Kemp has written and broadcast extensively on imagery in art and science from the Renaissance to the present day. Leonardo da Vinci has been at the centre of this endeavour, and has been the subject of a number of his books and exhibitions, including Leonardo (Oxford University Press, 2004). His wider research has involved the sciences of optics, anatomy and natural history in various key episodes in the history of naturalism. In 1989 he published The Science of Art. Optical Themes in Western Art from Brunelleschi to Seurat (Yale University Press).
Increasingly, he has focused on issues of visualization, modeling and representation. The broad thrust of more recent work is devoted to a "New History of the Visual," which embraces the wide range of artefacts from science, technology, and the fine, applied and popular arts that have been devised to create models of nature and to articulate human relationships with the physical world. A scientific diagram or computer graphic model of a molecule is as relevant to this new history as a painting by Michelangelo. He writes a regular column on 'Science in Culture' in the science journal Nature, an early selection of which has been published as Visualisations (OUP, 2000). Many of the themes of the Nature essays are developed in Seen and Unseen (OUP 2006), in which his concept of 'structural intuitions' is explored. Forthcoming books include The Human Animal (Chicago).

11.05.2010

Instrumento de Microfinanciamento Europeu «Progress» para o Emprego e a Inclusão Social

Vigência: de 2010-01-01 a 2013-12-31

Descrição



A União Europeia criou um novo Instrumento deMicrofinanciamento Europeu «Progress» que concede microcrédito a pequenas empresas e a pessoas que perderam o emprego e desejam criar o seu próprio negócio.
A execução do Instrumento é feita usando os seguintes tipos de acções:
- Garantias e instrumentos de partilha de riscos
- Instrumentos de capital próprio
- Títulos de dívida
- Medidas de apoio, tais como actividades de comunicação, acompanhamento, controlo, auditoria e avaliação, directamente necessárias para a execução eficaz e eficiente da presente decisão e a realização dos seus objectivos
As pessoas interessadas em beneficiar do apoio concedido por este instrumento devem entrar em contacto com os fornecedores de microcrédito nos seus respectivos países, designadamente bancos, entidades de microfinanciamento sem fins lucrativos ou instituições que ofereçam garantias, bem como outros fornecedores de produtos de microfinanciamento às microempresas. O Fundo Europeu de Investimento disponibilizará financiamento que estas entidades financiadoras canalizarão para os beneficiários visados através do Instrumento de Microfinanciamento Europeu «Progress».

Objectivos

Disponibilizar recursos da União para facilitar o acesso e a oferta de microfinanciamento às:
- Pessoas que perderam o seu emprego ou estão em risco de o perder ou que têm dificuldades em ingressar ou reingressar no mercado de trabalho, pessoas que enfrentam a ameaça de exclusão social ou pessoas vulneráveis que se encontram em posição de desvantagem no que se refere ao acesso ao mercado de crédito convencional e que pretendem criar ou continuar a desenvolver a sua própria empresa, incluindo em regime de auto-emprego
- Microempresas, especialmente do sector da economia social, bem como microempresas que empregam pessoas referidas na alínea anterior.


Público Alvo

Entidades públicas e privadas estabelecidas a nível nacional, regional e local nos Estados-Membros que concedem microcrédito a particulares e a microempresas nos Estados-Membros.

Contactos

Comissão Europeia
DG Emprego, Assuntos Sociais e Igualdade de Oportunidades
B-1049
Bruxelas
Belgica

É sexta-feira e a Sakineh continua viva. Um número surpreendente de 500.000 pessoas enviaram mensagens para governantes em um dia -- eles estão respondendo rapidamente, contactando diretamente o Irã! A nossa pressão está funcionando, mas precisamos continuar para mantê-la viva .

Hoje, Sakineh Ashtiani poderá ser executada pelo Irã.

Nosso protesto mundial impediu que Sakineh fosse apedrejada injustamente em julho. Agora temos 12 horas para salvar a vida dela.

Os aliados do Irã e as principais autoridades da ONU são nossa maior esperança: eles podem convencer o Irã do sério custo político desse assassinato de uma figura com alta exposição na mídia. Clique no link abaixo para enviar a eles um pedido urgente de mobilização e encaminhar este e-mail a todo o mundo. Você só gastará três minutos. A última esperança de Sakineh somos nós

http://www.avaaz.org/po/24h_to_save_sakineh/?vl

O caso de adultério de Sakineh é um trágico embuste cheio de violações de direitos humanos. Primeiro, ela foi condenada à morte por apedrejamento. Porém, o governo iraniano teve de anular a sentença depois que os filhos dela conseguiram gerar um enorme protesto contra o julgamento injusto; Sakineh não fala a língua usada nos tribunais e os alegados incidentes de adultério aconteceram após a morte do marido dela.

Em seguida, o advogado dela foi forçado a se exilar e a acusação conseguiu inventar uma nova queixa falsa que justificaria a morte de Sakineh: o assassinato do marido dela. Apesar de isso configurar um caso de “non bis in idem” (dois julgamentos pelo mesmo crime), pois ela já está cumprindo pena por suposta cumplicidade nesse crime, Sakineh foi torturada e exibida em rede de televisão nacional para “confessar” e acabou sendo julgada culpada. O regime já prendeu dois jornalistas alemães, o advogado e o filho de Sakineh, que tem corajosamente liderado a campanha internacional para salvar a mãe. Todos continuam na prisão. O filho e advogado de Sakineh também têm sido torturados e estão sem acesso a advogados.

Agora, ativistas de direitos humanos iranianos afirmam que acaba de ser emitido um mandado de Teerã para executar Sakineh imediatamente. Ela está na lista e hoje é o dia da execução.

Campanhas persistentes fizeram o Irã anular a sentença de apedrejamento de Sakineh e atraíram a atenção de dirigentes de países que exercem influência sobre o Irã, como a Turquia e o Brasil. Agora, vamos todos erguer nossas vozes com urgência para impedir que Sakineh seja executada e sofra tratamento desumano e para libertar a própria Sakineh, seu filho e advogado e os jornalistas alemães. Envie uma mensagem para divulgar este pedido de emergência com amigos e familiares:

http://www.avaaz.org/po/24h_to_save_sakineh/?vl

Um grande protesto público tem a autoridade moral para impedir crimes atrozes. Vamos usar as 12 horas que temos para enviar uma mensagem clara: o mundo está de olho no Irã e todos estamos unidos para salvar a vida de Sakineh e contra a injustiça em qualquer lugar do mundo.

Com esperança e determinação,

Alice, Stephanie, Pascal, Giulia, Benjamin e toda a equipe da Avaaz

Fontes:

Parlamento europeu elogia adiamento da execução de iraniana:
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4770433-EI8142,00-Parlamento+europeu+elogia+adiamento+da+execucao+de+iraniana.html

França critica Irã por condenação de Sakineh Ashtiani:
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4768877-EI8142,00-Franca+critica+Ira+por+condenacao+de+Sakineh+Ashtiani.html

Dilma condena apedrejamento da iraniana Sakineh:
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/11/03/dilma-condena-apedrejamento-da-iraniana-sakineh-337843.asp

Petição para impedir a execução eminente de Sakineh Mohammadi Ashtiani (em inglês):
http://www.guardian.co.uk/world/2010/nov/03/sakineh-mohammadi-ashtiani-execution

Jogos florais

Ou o que poderemos, trabalhadores, aprender com as “lutas “inúteis marcadas pelas centrais sindicais portuguesas.

Após muitos anos de dissidência e divisão, as centrais sindicais portuguesas, CGTP-INTERSINDICAL e UGT, resolveram, a primeira convocar e a segunda aderir, uma greve geral pressupostamente para protestar contra os vários PEC’s e as linhas políticas e económicas orientadoras definidas no orçamento para 2011. A CGTP além da greve marcou também uma manifestação de protesto para sábado próximo.

Quando se encetam lutas apenas uma certeza temos: podemos ganhar ou perder. Quando se trata da luta emancipadora da classe trabalhadora, quer na conquista de novos direitos, bem como atualmente, na defesa dos direitos já adquiridos, a possibilidade de derrota é infinitamente maior porque temos contra nós toda a propaganda governamental e ainda toda aquela que o dinheiro capitalista possa comprar. Temos que enfrentar as forças policiais e seus agentes provocadores, como agora na Grécia. Convivemos com o desânimo, falta de esperança e comodismo dos próprios camaradas. Mas sabemos que apesar de remota, temos uma ténue hipótese de vencer. Porque somos solidários, porque temos razão, porque “trazemos um mundo novo nos nossos corações”.

Sabemos bem que tanto estas vitórias ou derrotas são transitórias. Se ganharmos hoje, logo amanhã teremos que estar atentos e alerta porque sabemos que o capital tentará por todos os meios retirar-nos ou restringir os direitos hoje conquistados. Se perdermos, eles que se preparem porque enquanto houver “força no braço que luta seremos muitos seremos alguns”.

Neste contexto, sabemos que só há uma resposta possível, a conquista do poder pela classe trabalhadora e a construção do Socialismo. Apesar dos desvios, traições e golpes baixos que esta longa caminhada já sofreu no passado, ainda é a única resposta alternativa e viável à destruição do capitalismo explorador, terrorista, amoral que na sua voracidade sovina tudo arrasta e contamina degradando todas as dimensões da vida humana.

Até lá resta-nos lutar…

Mas a quem interessam lutas que estão derrotadas à partida? Para que serve a manifestação de sábado próximo e a greve geral de dia 24 se o orçamento, com as medidas castigadoras da classe trabalhadora que se conhecem, já foi aprovado?

Bem poderão encher de gentes as ruas de Lisboa com a manifestação, bem podem parar o país com a greve porque o único ruído que soará, não serão as palavras de ordem dos sindicalistas, mas José Sócrates a assobiar para o ar, talvez um tango não de Carlos Gardel mas daqueles mais rascas das tascas de Buenos Aires, abençoado pelo Espírito Santo.

Então que fazer?

Apesar de constituírem dois atos falhados, tal como os jogos florais promovidos por entidades provincianas, não podemos chamar bem poetas aos concorrentes nem poesia ao produto do seu labor. Mas entretém aqueles que neles participam.

Também estas ações foram convocadas, não com o intuito revolucionário de conseguir dar um pequeno passo na luta pela emancipação dos trabalhadores, mas sim para entretê-los enquanto os capitalistas vão impondo sem obstáculos e a seu belo prazer as suas políticas cada vez mais repressivas, sinónimo da sua própria decadência.

Apesar de tudo isto, defendo que devemos comparecer em massa na manifestação e participar ativamente na greve geral, se possível, constituirmos paquetes de greve que esclareçam os camaradas que optam por não fazer greve e a população que eventualmente será prejudicada pela falda dos nossos serviços e esclarecer a nossa posição que só poderá ser a exigência da revogação de todos os PEC’s bem como o rasgar deste orçamento.

Todas estas reivindicações deveriam ter sido apresentadas pelos dirigentes sindicais, representantes dos trabalhadores há muito tempo. Infelizmente não foi assim.

Pelo que apesar de não passarem de “jogos florais”, estas manifestações poderão ter um efeito de criar e fortalecer laços solidários entre a classe trabalhadora e ao mesmo tempo desmascarar os nossos atuais dirigentes que infelizmente mais não são que agentes do capital infiltrados nas direções sindicais.

Opinião

Jaime Crespo

11.02.2010



A origem do mal
Ou de como as nossas vidas foram tomadas por mafiosos sem escrúpulos:
Ao longo da História da Humanidade nunca se produziu tanto com tão poucos meios. De fato a industrialização, os progressos tecnológicos permitem que atualmente se produza mais que as necessidades humanas exigem.
Acompanhando esse desenvolvimento, os direitos sociais e humanos tem retrocedido. Por um lado, são necessários menos trabalhadores, muito menos, para desempenhar as tarefas que hoje são efetuadas por máquinas, supervisionadas por computadores e até por robôs, aumentando em consequência o desemprego, a instabilidade e o mau estar geral. Por outro lado, este aumento de produção e consequente criação de riqueza, concentra-se cada vez em menor número de mãos e essas não estão dispostas a abrirem-se para deixarem cair os cêntimos que seriam necessários para manter um bom nível de vida, vá pelo menos um nível de vida satisfatório a toda a população.
Numa dimensão de geoestratégica política, este sedado de coisas leva a que países mais pequenos ou de menor influência política, sejam obrigados a reduzir, ou até mesmo a deixar por completo, de produzir para que os seus produtos não compitam com os das multinacionais, perdendo assim, a sua independência económica e política, passando a depender da “caridade” dos países economicamente mais fortes, aqueles onde as multinacionais estão sediadas.
As economias e as políticas nacionais são hoje, graças a este sistema económico, uma farsa, mesmo nos países considerados potências, E.U.A., Alemanha, Grã-Bretanha, etc., só por ironia podemos pensar que os seus governantes tomam decisões pela sua cabeça e a bem do povo. Toda esta gente trabalha para o polvo que é o grande capital financeiro, constituído em multinacionais da economia, da especulação, do tráfico (de pessoas, de armas, de droga). Numa palavra: estamos nas mãos de mafiosos sem escrúpulos que se servem de nós a seu belo prazer.
O velho ditado de que “quem não trabalha, não come.” Já não é aplicável aos dias que correm, pois o trabalho perdeu o seu valor moral e deixou de ser considerado um direito e um dever para passar a ser considerado um privilégio, ao qual apenas alguns abençoados tem acesso, mas acesso condicionado a um contrato altamente desvantajoso para o trabalhador que praticamente lhe retira todos os direitos e lhe aumenta os deveres.
Mas se é assim, se a produção, a nível mundial, é a maior de sempre, então de onde vem a famigerada crise que a todos nos atira para a depressão e o stresse, para a miséria?
Vem essencialmente de dois lados: dos mercados financeiros especulativos, os capitalistas na sua ganância sem tréguas, recusam-se a pagar os impostos devidos e que deveriam mesmo ser aumentados por uma questão de solidariedade para com as pessoas que vão ficando sem emprego em nome do progresso, portando o desaparecimento do sentido de solidariedade e cujo é fator agregador de uma sociedade, preferindo dar vazão à sua ganância e jogando esse dinheiro (muito milhões) em jogos especulativos e que não criam riqueza real, assim desbaratando fortunas e dinheiro que deveria constituir o fundo de solidariedade social. Por outro lado, a propaganda que todos são sujeitos a cada milésimo de segundo através dos mídia, encomendada pelos especuladores da finança, leva-nos a acreditar que a crise existe, que está tudo muito difícil, os coitadinhos dos patrões têm que pagar o seu dinheirinho todo em impostos, o Estado é um ladrão que rouba e não paga as suas dívidas para com os empresários. A “Laranja Mecânica”, de Kubrick ou o “Big Brother”, de Orwell há muito que foram ultrapassados e vivemos a época dourada do “Triunfo dos Porcos”. Nunca o popular dito “Uma mentira muita vez repetida passa a ser verdade”. De fato a mentira continua a sê-lo, apenas devido à sua difusão pela mídia, acaba por intoxicar a “opinião pública” que passa a engolir como verdade o que de fato é mentira. A mentira assim espalhada é uma peste, como dizia Wilhem Reich, que alastra e toma conta das nossas vidas, limita os nossos movimentos, condiciona as nossas decisões.
E assim, todos passamos a crer e a adorar uma nova divindade: A Crise.
A mentira económica e financeira que hoje é espalhada por todo o mundo, a base falsa em que assentaram os mercados: especulação financeira, em detrimento do reinvestimento, da solidariedade e da criação e aumento da riqueza enquanto bem comum a toda a Humanidade, mas a sua privatização e concentração em cada vez menor número de mãos: eis senhores, a origem do Mal!

Opinião
Jaime Crespo

10.30.2010

Hoje existem apenas 300 baleias francas do atlântico norte e 99% das baleias azuis já foram eliminadas. Estes majestosos gigantes estão ameaçadas de extinção e seu caso está sendo usado como exemplo repetidamente. Mas na realidade, um terço de todas as formas de vida no planeta estão à beira da extinção.

O mundo natural está sendo esmagado pela atividade humana, poluição e exploração. Mas existe um plano para salvá-lo - um acordo mundial para criar, financiar e implementar áreas protegidas cobrindo 20% das nossas terras e mares até 2020. Agora mesmo, 193 governos estão reunidos no Japão para enfrentar esta crise.

Nós só temos 3 dias até o fim desta reunião crucial. Especialistas dizem que os políticos estão hesitantes em adotar um objetivo tão ambicioso, mas que um clamor público mundial poderá fazer a diferença, mostrando aos governantes que os olhos do mundo estão sobre eles. Clique para assinar a petição urgente e encaminhe este email amplamente - a mensagem será entregue diretamente para a reunião no Japão:

http://www.avaaz.org/po/the_end_of_whales/?vl

Ironicamente 2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade. Os nossos governos já deveriam estar caminhando para "uma redução significativa da taxa atual da perda da biodiversidade". Eles falharam repetidamente, cedendo para a indústria e trocando assim a proteção das espécies por lucros limitados. Nossos animais, plantas, oceanos, florestas, solos e rios estão sufocando sob fardos imensos de super-exploração e outras pressões.

Os seres humanos são a principal causa desta destruição. Mas podemos reverter a situação - já salvamos espécies da extinção antes. As causas do declínio da biodiversidade são vastas e salvá-la vai exigir uma guinada das promessas vagas, sem clareza de quem financia a proteção, para um plano ousado, com fiscalização rigorosa e financiamento sério. O plano de 20/20 é justamente isto: os governos serão forçados a executar programas rigorosos para garantir que 20% das nossas terras sejam protegidas até 2020, e para isso aumentar drasticamente o financiamento.

Tem que ser agora. Em todo o mundo o quadro está cada vez mais sombrio - há apenas 3.200 tigres na natureza, os peixes dos oceanos estão se esgotando e nós estamos perdendo fontes de alimentos ricos para a monocultura. A natureza é resistente, mas temos que prover espaços seguros para ela se recuperar. É por isso que esta reunião é fundamental - é um momento decisivo para acelerar ações baseadas em compromissos claros para proteger nossos recursos naturais.

Se os nossos governos sentirem a pressão esmagadora do público para serem corajosos nós podemos convencê-los a aderirem ao plano de 20/20 nesta reunião. Mas para isto vamos precisar que cada um de nós que está recebendo esta mensagem, faça-a ecoar até chegar na convenção no Japão. Assine esta petição urgente abaixo e depois encaminhe-a amplamente:

http://www.avaaz.org/po/the_end_of_whales/?vl

Este ano os membros da Avaaz tiveram um papel fundamental na proteção dos elefantes, defendendo a proibição da caça às baleias, e garantindo a maior Reserva Marinha do mundo nas Ilhas Chagos. Nossa comunidade tem mostrado que podemos definir objectivos ambiciosos - e vencer. Esta campanha é a próxima etapa na batalha essencial para criar o mundo que a maioria de nós em todos os lugares querem - onde os recursos naturais e das espécies são valorizados e o nosso planeta está protegido para as futuras gerações.

http://www.avaaz.org/po/the_end_of_whales/?vl

Com esperança,

Alice, Iain, Emma, Ricken, Paula, Benjamin, Mia, David, Graziela, Ben, eo resto da equipe da Avaaz

Leia mais:

Estudo revela risco de extinção enfrentado por diversas espécies animais
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2010/10/estudo-revela-risco-de-extincao-enfrentado-por-diversas-especies-animais.html

Sob risco de colapso
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101027/not_imp630350,0.php

Planeta precisa dobrar área continental protegida para conservar a biodiversidade
http://colunas.epoca.globo.com/planeta/2010/10/25/criar-mais-areas-protegidas-e-o-caminho-para-conservar-a-biodiversidade/

Brasil rejeita acordo parcial sobre biodiversidade
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,brasil-rejeita-acordo-parcial-sobre-biodiversidade,630071,0.htm

10.28.2010

Prémio Jacques Delors

Distinção de trabalhos universitários sobre temas europeus.

Objectivo

Incentivar o aparecimento de obras inéditas

sobre a temática comunitária na língua portuguesa.

Destinatários

Licenciados

Condições de elegibilidade

  • Teses de mestrado e doutoramento que não tenham sido objecto de publicação, privilegiando-se as obras que incidam sobre temas actuais e inovadores da realidade comunitária
  • Cumprir as condições do regulamento do Prémio

Os autores dos trabalhos candidatos ao Prémio Jacques Delors poderão ser convidados a disponibilizar o seu trabalho em linha na Biblioteca Infoeuropa.

Prazo de candidatura

16 de Novembro de 2010 – envio dos trabalhos candidatos (data do carimbo dos correios)

Prémio

Ediçã

o da obra e uma compensação pecuniária de 5.000€

Júri

  • Vítor Constâncio, Vice-Presidente do Banco Central Europeu e Presidente do júri
  • Isabel Mota, Administradora da Fundação Calouste Gulbenkian
  • José Paulouro das Neves, Embaixador

Patrocinadores

Banco de

Portugal





Regulamento 2011

1. O Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD), instituiu o Prémio Jacques Delors -

Modalidade Ensaio Académico, pretendendo, assim, incentivar o a

parecimento de obras inéditas sobre

a temática da União Europeia. Considera-se incluído neste conceito teses de mestrado e doutoramento que não tenham sido objecto de publicação, privilegiando-se, ainda, as obras que incidam sobre temas actuais e inovadores da realidade Europeia.

2. O Prémio Jacques Delors distingue anualmente um trabalho de investigação sobre a União Europeia, da autoria de licenciados, redigido em língua portuguesa.

3. Os originais dos trabalhos, 4 exemplares em língua portuguesa com um máximo de 200 páginas (A4), incluindo a bibliografia e os anexos, dactilografadas com letra Arial - tamanho 12, com espaçamento duplo, deverão ser enviados, devidamente encadernados, sob pseudónimo, até 16 de Novembro de 2010 (data de carimbo dos correios).

3.1. Na capa do trabalho deverá ser indicado o seu respectivo título. No trabalho, propriamente dito, não deverá constar qualquer identificação directa ou indirecta do nome do(s) concorrente(s) e, no caso de teses, da faculdade / universidade ou do(s) orientador(es), por exemplo, através de referências, nomeadamente nas notas prévias e nos agradecimentos.

3.2. Conjuntamente e em envelope fechado identificado unicamente pelo pseudónimo, deverá constar a identificação, morada e contactos (telefone, fax ou e-mail) do concorrente ou concorrentes, bem como o título do trabalho candidato.

3.3. Os originais e o envelope mencionado anteriormente, contendo a identificação do autor, ou autores, deverão ser entregues dentro de um outro envelope maior, em cujo remetente deverá constar apenas o pseudónimo do candidato, dirigido a:

Centro de Informação Europeia Jacques Delors

Prémio Jacques Delors

Palacete do Relógio

Cais do Sodré

1200 – 450 LISBOA

3.4. O não cumprimento de qualquer uma das cláusulas anteriormente referidas é motivo para a

exclusão do trabalho, pelo que se solicita a todos os participantes o cumprimento integral de todas as regras. Eventuais exclusões só serão comunicadas no final do processo de selecção.

4. O autor premiado aceita e concorda que o CIEJD e o editor executem uma revisão literária na qual

sejam eliminadas todas as incorrecções ortográficas ou gramaticais do original, bem como resolvidas todas as inconsistências com as normas de estilo adoptadas para a publicação do Prémio Jacques

Delors, sem necessidade de ulterior consentimento. Disponibiliza-se ainda a examinar eventuais sugestões que contribuam para a melhoria e clarificação do texto que lhe venham a ser submetidas, para apreciação e aprovação.

4.1 Nos quinze dias úteis seguintes à comunicação da atribuição do prémio, o autor premiado compromete-se a entregar uma versão revista da bibliografia, segundo as normas de estilo referidas e as instruções da editora.

5. O júri, nomeado pelo Centro de Informação Europeia Jacques Delors é constituído por personalidades nacionais de reconhecido prestígio e mérito científico.

5.1. A decisão do júri será divulgada a todos os candidatos, a qual contemplará a designação do(s) trabalho(s) vencedor(es) e, quando ocorre, a designação de uma ou mais menções honrosas.

6. Não haverá recurso da decisão do júri, podendo este decidir-se pela não atribuição do Prémio se os requisitos definidos não forem preenchidos.

7. Os autores dos trabalhos candidatos obrigam-se a conceder ao Centro Jacques Delors, se tal lhes for especificamente solicitado, uma autorização para que o Centro Jacques Delors divulgue, on-line,

no portal do CIEJD, o trabalho candidato.

8. O Prémio Jacques Delors contemplará a edição da(s) obra(s) premiada(s) e uma compensação pecuniária única de € 5.000,00 (cinco mil euros), a título de prémio e da contrapartida pela transmissão dos direitos de autor. Poderá ainda ser atribuída a distinção de uma ou mais menções honrosas.

9. A entrega do Prémio será feita em cerimónia pública, a decorrer, normalmente, por ocasião das celebrações do Dia da Europa (9 de Maio).

10. Informações adicionais deverão ser solicitadas ao:

Centro de Informação Europeia Jacques Delors

Prémio Jacques Delors

Unidade Formação, Animação Pedagógica e Projectos

E-mail: formacao@ciejd.pt

10.25.2010


É chocante. Hilton, uma das mais renomadas cadeias de hoteis do mundo pode ser cúmplice de exploração sexual infantil em suas próprias dependências!

Hoteis são um dos principais lugares onde crianças escravizadas são vendidas por cafetões brutais para exploração sexual. E a rede Hilton nem ao menos assinou o Código de Conduta internacional que obriga hotéis a treinarem seus funcionários para detectar, denunciar e auxiliar meninas e mulheres exploradas sexualmente. A adesão do Hilton ao Código terá um impacto enorme -- gerando uma rede de funcionários em 77 países e 32.000 hotéis trabalhando contra a exploração sexual de mulheres e crianças.

Não há tempo a perder para acabar com estes abusos aterrorizante. Assine a petição para que a rede Hilton implemente o Código de Conduta para a Proteção de Crianças contra Exploração Sexual em Viagens e Turismo. Quando alcançarmos 250.000 assinaturas, nós lançaremos anúncios nos principais jornais de McLean, Virginia - a cidade onde o Diretor Executivo dos hoteis Hilton, Chris Nasseta vive e trabalha:

http://www.avaaz.org/po/hilton_sign_now/?vl

O Código de Conduta contra a exploração sexual infantil faz que com que os hoteis treinem seus funcionários para reconhecer vítimas do tráfico e prostituição infantil, educando os seus hóspedes sobre os perigos do turismo sexual, colaborando com a polícia local e defendendo os direitos das vítimas. O Código cria uma primeira linha de defesa contra o tráfico sexual ao redor do mundo. O Código hoje chega a 30 milhões de turistas por ano - aumentando vastamente as chances de prender os traficantes e de ajudar pessoas reféns da exploração sexual.

Depois que bordéis foram encontrados em hotéis Hilton na Irlanda e na China, milhares de pessoas enviaram cartas ao Hilton protestando, e eles até reconheceram a necessidade de abordar o problema da prostituição infantil. Mas até hoje, nenhum passo concreto foi dado. Se expormos o Diretor Executivo dos hoteis Hilton, Chris Nasseta, na sua própria cidade natal com uma série de anúncios de jornal pedindo que ele implemente o Código, nós poderemos pressioná-lo a treinar os seus funcionários para proteger crianças de uma maneira mais eficaz ao redor do mundo.

Em algum momento muitos de nós visitarão um hotel - quem de nós se sentiria à vontade ficando em um quarto onde, meninas menores de idade foram vendidas a homens e forçadas a fazer sexo? O turismo sexual se beneficia de funcionários de hoteis que fingem não ver ou que muitas vezes recebem dinheiro para não denunciar a exploração. Precisamos de hotéis que tenham uma política de tolerância zero com a exploração sexual de crianças nas suas dependências.

Até hoje, mais de 900 empresas ao redor do mundo já assinaram o Código. O Hilton está sob pressão para assinar também. Clique abaixo para pressionar o Hilton a se aliar à luta contra o tráfico sexual:

http://www.avaaz.org/po/hilton_sign_now/?vl

Todos os dias centenas de meninas ao redor do mundo são forçadas à escravidão sexual. Nosso chamado global para responsabilidade e treinamento na maior cadeia de hoteis do mundo pode causar um enorme dano a esse comércio abominável.

Com esperança,

Alice, Emma, Graziela, Mia, Ricken e todo o resto da equipe Avaaz

Fontes (em inglês):

Hilton hotel closed by Chinese police over prostitution charges:
http://www.telegraph.co.uk/finance/china-business/7844335/Hilton-hotel-closed-by-Chinese-police-over-prostitution-charges.html/

War on child prostitution targets hotels:
http://www.nation.co.ke/News/regional/War%20on%20child%20prostitution%20targets%20hotels%20%20/-/1070/965158/-/ndfubvz/-/index.html

Hotelier acts on child prostitution:
http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/2780957.stm

New ways to prevent child prostitution:
http://www.ajc.com/opinion/new-ways-to-prevent-524077.html

La vida es un tango y el que no baila es un tonto

La vida es un tango y el que no baila es un tonto
Dos calhaus da memória ao empedernido dos tempos

Onde a liquidez da água livre

Onde a liquidez da água livre
Também pode alcançar o céu

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Escribalistas é órgão de comunicação oficial de Joaquim Maria Castanho, mentor do escribalismo português