A VOZ DO CAMINHO
Poentes,
nascentes, o mundo concreto
Cujas
portas, alfarrobeiras são pilar
Do
templo, d'olhar, se o andar é certo
Tem
por meta rua, a estrada da vida
Lá
onde navegam tantos, destinos mil
Os
sonhos, os frutos, e a nuvem perdida
Debrua
de aurífero rosa e anil,
Diz
quanto da distância é esperar,
Quanto
na espera é o descoberto
Se
de cada vez que te olho plo olhar
Teu
coração em flor fica mais perto...
É
como se dissesses «Estou a chegar,
E
vou arrancar-te desse deserto!»
Joaquim
Maria Castanho
Com
foto de Mia Teixeira
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