153.DO GRITO, A FALA
Inspiro o que me há de expelir
E anseio na sombra me soletro,
Mas s’ouvir bater à porta, entro
E abro-a prò sol poder sair,
Que a vida é fulcro, é centro
Que as pétalas mostram ao abrir,
Qual grito que não querem calar
Pra erradicar desavença e dor.
Então, já embevecido raiar
Vejo-te sorrir num gesto de flor
Que não receia o querer falar…
– E a língua inventou o amor!
Joaquim Maria Castanho
Sem comentários:
Enviar um comentário