118.
MINARETES DO EU
(...)
4.
Porque, enfim, sustento-me de agoras
Pra matar esta fome incandescente
Com que todo tempo pica as esporas
Nas doídas ilharga do sol nascente
Feitas das manhãs de orvalho cerzidas
Em ponto rendado, mas tão caprichado,
Que as minhas promessas ficam cumpridas
Pisando o chão já mil vezes pisado…
Porém, se logo nele contigo cruzo
D’imediato outro caminho se torna,
Tão novo, refeito e apto ao uso
Que se faz raridade o antes norma!
Joaquim Maria Castanho
in REDESENHAR A VOZ - página CLX
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