PLANAR NA SERENIDADE…
A brisa respira o próprio dia
Trazendo consigo toda a magia
Que nem o divino ousa explicar,
E explica onde o brilhar ousou
Sentir esse sentido a respirar…
Então, de repente o tempo parou;
Ficou sem depois nem antes,
Apenas passagem… instantes
Que ecoam duma só maneira
E se repetem no repetindo
Pelo passo a passo, e subindo
Até à curva derradeira –
Pra voltar à imagem primeira…
O sol elucida, e algo ora flui,
Roda lá no cimo, une em sua eira,
Liga os voos somente num voo;
E o que era ímpar, par se tornou
Como quem deserta do que fui.
Joaquim Maria Castanho
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