A CHAVE DAS HORAS
Procuro-te nos labirintos do dia
Entre os produtos, entre as estantes
Entre sonhos que não tinha, nem havia
Nos gestos que repetia, como soía antes…
Tens o nacarado lunar que me guia,
O jeito das estrelas caminhantes,
A luz que estilhaça as manhãs frias,
Pondo doçura nas suas cambiantes.
E se as sombras oprimem, tu libertas.
S'águas doem, tu lavas, purificas.
Mas, sobretudo, silente dignificas
Habitando horas que, antes, desertas
Me desabitavam, por dilacerantes.
Fechadas. E só, por carinho, abertas!
Joaquim Maria Castanho
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