AS QUATRO PENAS DE LEI
Tantos há contra a pura transparência
Tornando turvas as águas da consciência
– Sendo as verdades de tão amargo custo
Pra quem não é sério, honesto e justo… –,
Que se nos atrofia a pena da poesia
E cresce a pena do penar plo dia-a-dia.
Mas a mim – que não sou sábio nem rico,
Nem o douto tido por inteligente –,
Basta-me contar a pena com que fico
Por rever nestas estrofes tanta gente!
Joaquim Maria Castanho
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