6.06.2014

AS VANTAGENS DA FLORESTA ABERTA E DA BIODIVERSIDADE




Se é verdade que apenas uma árvore não faz a floresta, o que também é incontestável, por igualmente verdadeiro, é que uma só espécie, por mais rentável e generosa que ela seja, jamais gerará a biodiversidade suficiente e eficaz para se alcançar a sustentabilidade do ecossistema desejável, a fim de conseguirmos o equilíbrio da ecosfera, bem como a eternidade da vida, da qual a humanidade é a estratégia com maior sucesso no universo, de acordo como atualmente o conhecemos.

A floresta é um espaço de riqueza, e valioso património ético, cultural, natural e ambiental, além de inequívoca fonte de vida e habitat comum a uma multidão de espécies, que será tanto mais precioso, mais forte e resistente, tanto mais saudável e produtivo, quanto maior número de possibilidades e oportunidades biológicas em si encerrar, enfim, quanto melhor apetrechado estiver pelo alargado e aberto leque da variedade das espécies autóctones ou não que pertencem à nossa flora (regional e local).

Portanto, convém sublinhar, com vista a definir-se plausivelmente que tipo de floresta queremos para a nossa região, como ordenar o território em sua consequência, de maneira a que mais nos beneficie, e às restantes regiões portuguesas/europeias, que ao invés de excluir (eliminar) todas as espécies [invasoras] exóticas dos campos alentejanos, como aconselha o conservadorismo nacionalista fundamental e bacoco, importa sim reconhecer a mais-valia ambiental, económica e social, que representam as espécies que a natureza já selecionou como sendo as melhor adaptadas aos nossos diferentes biótipos, aos nossos climas e solos, às nossas condições edafoclimáticas, que, por serem mutáveis e terem sofrido considerável alteração na última década, estabelecem e propiciam uma nova linha de entrada de flora, tanto de forragem, como cerealíferas, frutícolas e florícolas, estrangeira, logo incomum, que provado está melhor servirem os interesses do nosso ecossistema e habitats, quer do ponto de vista turístico, decorativo e paisagista, como na exploração direta racional e sustentada, no sentido de contrariar a acelerada desertificação do interior e baixa densidade populacional, bem como combater as assimetrias verificáveis que estimulam o êxodo da população ativa para regiões onde possam desfrutar de maior qualidade de vida. 



Joaquim Castanho   

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