A ESPERANÇA REMANESCE SEMPRE QUE MAIO ACONTECE
Que fizeram de
realmente notável os nossos políticos do establishment parlamentar português
nos últimos 30 – trinta!, curiosamente
tantos quantos foram os dinheiros por que Judas vendeu o Mestre... – de intensa e propalada atividade em prol da
sociedade portuguesa aberta e para todos os homens e todas as mulheres?
Esturraram as receitas dos impostos, o dinheiro que a União Europeia nos enviou
para a convergência e AINDA contraíram substancial e nutrida dívida. Ou seja, fartaram-se
de trabalhar, já que são precisos muito suor, sangue e lágrimas, para
prejudicar tantos portugueses e portuguesas e tão pouco tempo.
Em consequência, pelo
superlativo lusitano deste valoroso feito, devemos agradecer-lhe neste maio tão
promissor como os demais maios que todos os anos se repetem, embora que
dando-lhe um significado muito especial porque acarreta consigo o exercício da
legalidade democrática que abril nos legou: exatamente, as eleições livres e
por sufrágio universal para o Parlamento Europeu. E precisamente esse
parlamento onde se poderão juntar os representantes eleitos pelos diversos
povos europeus que não abdicam do seu direito de construir uma União Livre das
Nações Soberanas da Europa, mobilizando-se em torno das conclusões da
CONFERÊNCIA OPERÁRIA EUROPEIA de Paris, realizada em 1 e 2 de março p.p.
Sobretudo porque a
esperança dos trabalhadores e trabalhadoras de todos os nossos países europeus
(incluindo os que se veem a braços com a atual crise, como Grécia, Portugal,
Espanha, Irlanda, Itália, França, ... ) se fundamenta na sua própria capacidade
de se aliar com as suas organizações, cuja independência é inalienável, de
forma a abrir caminho na consolidação dessa Europa Livre e Soberana, que se
quer cada vez mais justa, mais inclusiva, mais responsável, mais consciente,
mais coesa, mais progressista, mais determinada, mais democrática, mais
participativa, mais evoluída, mais humana, mais internacional, mais socialista,
e menos elitista, menos tecnocrata, menos economicista, menos partidocrata,
menos fundamentalista, menos exploradora e menos colonial, bem como menos
dependente do grande capital, que apenas a vê como um bom e rentável negócio,
onde o nível e qualidade de vida dos seus cidadãos não passa dum ato de compra
e venda do qual pode recolher proveitosos resultados. E essa é uma decisão
objetiva e incontornável que estamos dispostos a levar por diante, recorrendo a
todos os meios legalmente estipulados, a fim de o conseguir.
Joaquim Maria Nicau Castanho, candidato ao Parlamento
Europeu, residente e natural de Portalegre, na lista do POUS – Partido Operário
de Unidade Socialista.