MAR
Tuas ondas brancas
Numa dança louca,
Desafiando o vento
Com a voz rouca,
Beijam a areia
Num abraço quente,
Vestindo meu corpo
De pérolas transparentes.
Meu cabelo negro
Solto na brisa,
Na minha corrida
Pela longa praia,
Parecem as algas
Que te dão vida
E prendem meus pés
Fazendo que eu caia.
Quando imitas o céu,
De um azul tão lindo
Que dá gosto vê-lo,
Ao olhar para ti
Apetece dizer:
OH! MAR,
COMO ÉS TÃO BELO!
Conceição Soares
Convite para partilhar caminhos de leitura e uma abertura para os mundos virtuais e virtuososos da escrita sem rede nem receios de censura. Ah, e não esquecer que os e-mails de serviço são osverdes.ptg@gmail.com ou castanhoster@gmail.com FORÇA!!! Digam de vossa justiça!
7.26.2004
7.22.2004
7.20.2004
Fecho de ciclo
Dizes que te são familiares os meus poemas
Assim como que inscritos no silêncio de cada um
A germinar soluções químicas de encontrar apenas
O exemplar olhar de nos escrevermos em todos e nenhum?...
Pois bem, “amiga”: tens razão – falam do amor ao amor
A nossa casa, o nosso pão, o nosso quarto, a nossa sala comum
De viver o quotidiano soletrando terna companhia.
Falam de sentir prazer em dar prazer
Em naufragar nas ondas do sonho e fulgor
Da paixão como nunca antes houve um dia…
Falam de viver imediatamente aqui e agora
Entre as estações do tempo e do jardim, na cor
Da inocência de amar e querer sem esquecer
Que o mundo e a vida toda cabem numa hora!
Que são 60 minutos só nossos, de mais ninguém
A ditar-nos que as palavras são também família!....
J.C.
16-07-2004. 17h27
Dizes que te são familiares os meus poemas
Assim como que inscritos no silêncio de cada um
A germinar soluções químicas de encontrar apenas
O exemplar olhar de nos escrevermos em todos e nenhum?...
Pois bem, “amiga”: tens razão – falam do amor ao amor
A nossa casa, o nosso pão, o nosso quarto, a nossa sala comum
De viver o quotidiano soletrando terna companhia.
Falam de sentir prazer em dar prazer
Em naufragar nas ondas do sonho e fulgor
Da paixão como nunca antes houve um dia…
Falam de viver imediatamente aqui e agora
Entre as estações do tempo e do jardim, na cor
Da inocência de amar e querer sem esquecer
Que o mundo e a vida toda cabem numa hora!
Que são 60 minutos só nossos, de mais ninguém
A ditar-nos que as palavras são também família!....
J.C.
16-07-2004. 17h27
7.16.2004
Do dizer à alegria...
Para a Filipa
Haverá um lugar onde nada
E tudo aquilo que nos acontece
Seja enfim interpretável à luz
Transparente no espelho reflexo da água:
Que mistério é esse de olhar o rio?
Na cave os sentimentos sob as rosas
Os espinhos vencidos nas palavras de jus...
Na orla do silêncio de quem vê os barcos
Baloiçam nas correntes lisas, calados
Rumando à Foz escolhem murmúrios
Líquidos de ouros aguados a dizer sobre nós!
E embora a tarde esclareça e o sol
Brilhe lazarento a lavar-te os pés,
Subindo do vestido negro até ao corpo de quem és,
Sobre a relva verde e nua do roseiral
Há ainda a tímida dilaceração da voz
Registado no magneto de todas as micros-
Circunstâncias de sermos afinal tu e eu
Debaixo do mesmo tecto, do mesmo céu!...
Não, a ternura não modifica a gente
Apenas empurra quem já quer ser
E sendo evolui fazendo-se diferente
Para somar vitórias e seguir em frente.
Pois foi aí, aí entre a pergunta e a resposta
Virados para o rio, na sua encosta
Entre a Ternura e a Poesia
Que soube que é do dizer da alma que nasce
Que se nasce e renasce como quem cresce na alegria,
Porquanto possa haver um lugar assim acontece
Nascer-se dele se o acaso nos eternece!
Porto, 16 de Julho de 2004
Para a Filipa
Haverá um lugar onde nada
E tudo aquilo que nos acontece
Seja enfim interpretável à luz
Transparente no espelho reflexo da água:
Que mistério é esse de olhar o rio?
Na cave os sentimentos sob as rosas
Os espinhos vencidos nas palavras de jus...
Na orla do silêncio de quem vê os barcos
Baloiçam nas correntes lisas, calados
Rumando à Foz escolhem murmúrios
Líquidos de ouros aguados a dizer sobre nós!
E embora a tarde esclareça e o sol
Brilhe lazarento a lavar-te os pés,
Subindo do vestido negro até ao corpo de quem és,
Sobre a relva verde e nua do roseiral
Há ainda a tímida dilaceração da voz
Registado no magneto de todas as micros-
Circunstâncias de sermos afinal tu e eu
Debaixo do mesmo tecto, do mesmo céu!...
Não, a ternura não modifica a gente
Apenas empurra quem já quer ser
E sendo evolui fazendo-se diferente
Para somar vitórias e seguir em frente.
Pois foi aí, aí entre a pergunta e a resposta
Virados para o rio, na sua encosta
Entre a Ternura e a Poesia
Que soube que é do dizer da alma que nasce
Que se nasce e renasce como quem cresce na alegria,
Porquanto possa haver um lugar assim acontece
Nascer-se dele se o acaso nos eternece!
Porto, 16 de Julho de 2004
7.10.2004
Supramundana
O ar agitado segreda-me palavras mudas,
na carícia do momento encantado
onde irrompe o sonho rasgado,
na melodia doce que obriga
a murmurar loucuras...
e o coração profundamente inebriado,
no seu bater descompassado,
em racional loucura divaga.
Surge a imagem esplendorosa,
em rasgo de eloquência sucessivo
que desperta o desejo intensivo,
outrora guardado em surdina
no meio da mágoa...
e em avolumado ímpeto de paixão,
lança-me no meio do turbilhão,
onde me encontro para além do mundo.
Loucura
Louca! encontrei-te,
embebedando a alma de escuridão
e envolvendo-a de podridão,
com pensamentos insanamente febris.
Louca! Porque és louca
e não entendes a lágrima que corre
dos olhos que brilham inquietos,
num corpo que morre.
Louca! Se soubesses,
que o perfume são as preces
da rosa e da orquídea,
e não da mágoa que conheces!...
Depressa, encontra-te!
e solta os cabelos ao vento,
e no meio da tempestade
procura a loucura no momento.
Clandestino
Deambulamos num mundo de quimeras,
resgatando fragmentos de vida
que um dia foram de alguém.
Luz resplandecente
no breu soturno;
que percorremos num corcel
sequioso de existir;
efémero mel
delírio nocturno!...
Mundo utópico do sentir,
onde se lastima não viver
e o mais que possa haver...
Constantemente clandestino.
Finalmente
Despontou o primeiro raio de sol! enfim,
Quanta magnificência esperada!
Resplandece, pureza anunciada,
Acalentando meu pequeno coração.
Fortalece, a fragilidade da minh’alma,
Que se encobre amedrontada.
Irrompe, beleza suspirada,
Repelindo minha intensa solidão.
Ana Aires
O ar agitado segreda-me palavras mudas,
na carícia do momento encantado
onde irrompe o sonho rasgado,
na melodia doce que obriga
a murmurar loucuras...
e o coração profundamente inebriado,
no seu bater descompassado,
em racional loucura divaga.
Surge a imagem esplendorosa,
em rasgo de eloquência sucessivo
que desperta o desejo intensivo,
outrora guardado em surdina
no meio da mágoa...
e em avolumado ímpeto de paixão,
lança-me no meio do turbilhão,
onde me encontro para além do mundo.
Loucura
Louca! encontrei-te,
embebedando a alma de escuridão
e envolvendo-a de podridão,
com pensamentos insanamente febris.
Louca! Porque és louca
e não entendes a lágrima que corre
dos olhos que brilham inquietos,
num corpo que morre.
Louca! Se soubesses,
que o perfume são as preces
da rosa e da orquídea,
e não da mágoa que conheces!...
Depressa, encontra-te!
e solta os cabelos ao vento,
e no meio da tempestade
procura a loucura no momento.
Clandestino
Deambulamos num mundo de quimeras,
resgatando fragmentos de vida
que um dia foram de alguém.
Luz resplandecente
no breu soturno;
que percorremos num corcel
sequioso de existir;
efémero mel
delírio nocturno!...
Mundo utópico do sentir,
onde se lastima não viver
e o mais que possa haver...
Constantemente clandestino.
Finalmente
Despontou o primeiro raio de sol! enfim,
Quanta magnificência esperada!
Resplandece, pureza anunciada,
Acalentando meu pequeno coração.
Fortalece, a fragilidade da minh’alma,
Que se encobre amedrontada.
Irrompe, beleza suspirada,
Repelindo minha intensa solidão.
Ana Aires
7.07.2004
Viva! Como é: temos ou não CLP durante o mês de Julho? E, se sim, em que formato e sobre que obra e/ou autor? Bom... O que é certo, é que vamos ter que reunir-nos para pensar e decidir sobre que fazer, não é? Portanto, uma das coisas era acertarmos numa data e hora para o fazer, ok? Digam, revelem e reiterem! Aguardo notícias
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