11.18.2003

Sobre os Cem Anos de Solidão, aqui ficam as minhas considerações:
Ainda não pude averiguar a realidade da existência do personagem Aureliano Buendía, logo te informo das descobertas;
Quando os soldados fazem a revista à casa dos Buendía à procura do sindicalista, é-lhes oferecido um peixinho, mas no final da obra diz-se que estes foram escondidos dos soldados. Incongruência, lapso, ou propositado?
Mais profundo é o tema do incesto, entre irmãos e, sobretudo, entre tia e sobrinho. Será um fantasma, uma reflexão ou?
O papel do capitalismo, sob a forma da exploração bananeira, da mentira da sua existência, e da desgraça que causou à população, afinal, qual é?
O destino trágico da família, como que traçado, afinal esta escrito nos manuscritos, numa referência a alguns contos de J. L. Borges, face aos avanços da investigação sobre o genoma humano, será mesmo inevitável?
A forma de encarar o sexo como uma necessidade inultrapassável, mas ao mesmo tempo um caminho para o amor pleno.
O papel dos mitos, como o de Moisés, descoberto pelas águas, por exemplo, será um reinventar dos mitos?
A personagem, deliberadamente ou não, esquecida de Santa, que é, apenas realçada no final da obra, será um exemplo das mulheres dedicadas à casa e que, passando despercebidas, têm um papel fundamental na vida de muitas pessoas?

Fico por aqui, pois a mensagem alonga-se, e fico à espera de novidades!
Abraço,
João Paulo

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La vida es un tango y el que no baila es un tonto

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