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1.24.2025
1.23.2025
A JOIA QUE O REI NÃO QUIS
A JÓIA QUE O REI NÃO QUIS
MÓNICA BELLO
Revisão de Raquel de Jesus
Guerra e Paz, Editores, Lda.
170 págs.
by
JOAQUIM MARIA CASTANHO
Reportagem virtual, ou relatório[1] ficcionado, de um contrato de compra e venda que naufragou, ou crónica[2] de uma encomenda não consumada, é a demonstração cabal, lógica, sensata e ponderada de como o trágico imprevisto pode ser colmatado pela prudente e disciplinada intervenção do mutualismo[3] português que nasceu quase em simultâneo com os nossos Descobrimentos, autenticando assim, em letra de forma, numa mancha gráfica de ótimo aspeto, cujo miolo é recheado pela palavra cinzelada de Mónica Bello[4], que a executa em modelo anglossaxónico, com parágrafos limpos, escorreitos, objetivos, cumulativos, estruturados (encabeçados) por leads concisos, sintéticos, que raramente vão além da frase de uma só oração, ocupando apenas a primeira linha, quase como títulos dos parágrafos que a seguir se esmiúçam, em discurso preponderantemente dramático, isto é, ancorado na 3ª pessoa do singular.
E reportagem virtual porquê? Porque apenas plausível, embora que sustentada em alguns factos históricos devidamente documentados. A recensão dum livro[5] é sempre uma resenha descritiva e discussão valorativa desse livro. Um processo crítico de ponderação e julgamento, a fim de salientar tanto os méritos como os handicaps que caraterizam essa obra. E um dos méritos com que mais rapidamente nos familiarizamos, é a qualidade do parágrafo que reporta sem importunar nem saturar o leitor com narizes de cera[6] nem exaustivas descrições, e aponta, informa, promete, elucida, desde a primeira linha quanto e como o seu conteúdo interessa ao leitor como à narrativa. Porque sendo como é a reportagem[7] já em si a ação, mas também a técnica de plasmar a dita em si mesma, porquanto sendo ela originariamente francesa, não só ofereceu a sua valência às correntes existencialistas francófonas, como consolidou a literatura numa arte universal em que inúmeros escritores, alguns dos quais laureados com o Nobel, nos têm oferecido obras inesquecíveis, a exemplo de Truman Capote (A Sangue Frio), Gabriel Garcia Márquez (Cem Anos de Solidão e Crónica de Uma Morte Anunciada, p. e.), Vergílio Ferreira, Daniel Defoe, José Saramago, etc., etc., também tem beneficiado muito o jornalismo de investigação e de qualidade, uma vez que este se faz com maior desenvolvimento, “em que se presta particular atenção às causas e consequências de acontecimentos atuais” ou de acontecimentos que supostamente tiveram lugar no passado, próximo como longínquo, emprestando-lhe a mesma virtualidade de rigor que assiste ao realmente visto e confirmado, ainda que esse rigor seja dependente dos documentos que lhes corroborem a factualidade, bem como a interpretação que deles é feita. Fazendo-o assim de forma díspar da literatura pura, posto que sucederam sempre fora do livro, do romance ou novela, exigindo-nos confiar em quem lhes assistiu e no-los conta, a narradora ou narrador, o ou a personagem envolvida, que nunca é o autor, nem a autora, que os imaginaram, e sim antes quem os viveu e concretizou na sua plausível factualidade, dando-lhe voz e peculiares maneiras de entendimento.
E, na apressada atualidade, um parágrafo por extenso que seja, se tiver um bom lead, que elucida por inteiro da sua natureza semântica e do desenvolvimento que terá no corpo, além de propiciar o tema dá também o leitmotiv[8], sendo uma enorme ajuda que se faculta a qualquer leitor, poupando-lhe tempo e aligeirando-lhe esforço na interpretação, uma vez que o tema geral é a atividade duma seguradora e a atitude profissional dos seus colaboradores durante um período de tempo da sua existência que, neste caso, se relaciona com um motivo – igualmente expresso em título – ou bem de inegável valor histórico, artístico e fiduciário: a faca de punho e bainha esculpidos em prata, faca[9] de mato de dois gumes[10] que levou 11 anos a fazer mas que o rei D. Fernando II não comprou, embora tenha sido uma encomenda sua, ou favor[11] pedido – e cópia de uma outra com cabo e bainha em marfim, que já possuía – ao ourives Rafael Zacarias da Costa, lavrante de prata da baixa lisboeta, que se iniciou mais precisamente na rua Bela da Rainha[12], ora rua da Prata, e se instalou na rua Áurea (rua do Ouro) depois de aprendido o ofício, nos meados do século XIX – que é, exatamente, o leitmotiv desta obra. Contribuindo assim para que tudo neste romance pareça autêntico, verdadeiro, desde os acontecimentos aos personagens, desde a faca à traficante Eva Mayer, ao curador Carlos Coelho de Sousa, ao professor Jorge Ferreira, ao consultor Pedro Araújo de Brito, ao representante da Fidelidade Manuel Lacerda, ao mergulhador José dos Anjos e ao guardador e cronista[13] Jerónimo Chagas, até ao desfecho e conjunto que são notoriamente falsos, pois a verosimilhança de pormenores é sempre um meio de criar ilusões, ou isca para conduzir os leitores a essa situação incrível quão improvável, que inclui essoutra «verdade real»[14] mas mais profunda que os sentidos e sentimentos circunstanciais, que carateriza a obra romanesca, sobretudo o romance picaresco, transformando a anedota de tipos sociais assim noutra coisa, espécie de novela[15] com resultados muito próximos do romance filosófico[16], de onde podemos deduzir pelo menos cinco grandes lições: I – Que quem é manipulador é igualmente manipulável[17]; II – Em literatura não basta nomear ou adjetivar para fazer acontecer; III – A pré-perceção e perceção motivada só são concludentes depois de confrontadas com a realidade e esta as corroborar; IV – Que a ficção não é uma mentira recheada de pequenas verdades, e que não vale tudo para o conseguir; e V – Que os exercícios de narcisismo, mesmo se elaborados com cinzelamento de filigrana e motivação coletiva, não deixam de ser simples exercícios de puro narcisismo, e que até os reis precisavam de receber cem contos anuais para poderem cumprir as suas promessas e concretizar as suas extravagâncias. Ou seja, que quem quer rainhas, paga-as[18] – e os reis também.
Todavia, ninguém junta duas personagens (pícaras) cujos nomes sejam Eva (a bíblica ancestral hebraica) e Pedro (o patrono do cristianismo, com basílica sobre o túmulo de Constantino) à volta duma mesma faca de prata de dois fios (e linhagens – Antigo [Paraíso] Testamento e Novo [Cristianismo] Testamento –) por acaso, sem um propósito definido, pois os nomes são falsificáveis mas nunca os seus significados, para se instrumentalizarem uma ao outro e vice-versa, se não tiver em mente algo maior, porquanto se a primeira inventou o pecado e a culpa, o segundo ungiu o perdão em consequência da confissão e do arrependimento. Exatamente de prata – porém com lâmina da aço, o que para o efeito previsto se vê em contradição, e apenas a fé um dia ousará explicar –, que é metal infalível para matar mortais e imortais, tanto naturais como viventes do oculto, bruxas, aventesmas e lobisomens, por exemplo. Isto é, a verdadeira joia que a coroa não quis… exatamente aquela que por ter levado 11 anos a fazer detinha o poder da luz como das trevas, e podia ter salvado a monarquia portuguesa de tantos dissabores, desastres e crises até à república final; porque se D. Fernando II se tivesse mantido fiel à falecida D. Maria II manteria o seu direito aos cem contos que lhe dariam para comprar a faca que encomendara – e muitas mais. E, não o fazendo, a credibilidade da coroa perante os súbditos degradou-se ainda mais do que já estava.
Sobretudo porque qualquer manifestação artística estabelece e compreende uma dinâmica própria entre as suas partes, mas também entre elas e o seu todo, e a literatura (romance, novela, drama, poema, que sejam) é uma criação artística[19] (técnica), e se Pedro tem comido “a maçã” que Eva realmente lhe oferecera, as consequências teriam sido obrigatoriamente outras. Ou seja, quando as personagens se instrumentalizam umas às outras pelas mesmas causas mas com diferentes motivações, os desfechos saem destorcidos, tal como na História de Portugal outro desfecho se daria se D. Fernando, o rei-artista, tivesse honrado a sua palavra, não obstante o lato intervalo entre o tê-la dado e o tê-la cumprido. E na História, como neste romance, pese embora tudo continuasse a ser verdade, o seu conjunto seria, como realmente é, uma ilusão desmedida. Uma mentira que não depende da nossa vontade de nela acreditar para se tornar verdade, não obstante as nossas crenças se vejam espelhadas e refletidas nela.
Pelo que, uma vez que a ficção exige ser feita de intenções verdadeiras ou de sonhos que podem expandir-se para o coletivo, outra seria a faca se cortasse com prata, ou que o seu aço tivesse um leve banho de prata no vértice dos cortes, suscitando-lhe assim novos enredos e demandas, pois que dificilmente a fantasia popular a deixaria ser o que apenas aparenta para ajudar a ajustar contas com a História, onde a Excalibur e o mito ocupam lugares cimeiros, inspiradores e justiceiros, capazes de fazer pulsar os corações em romances que propiciassem renovar o esplendor da lusitanidade que se mantém em contínua e duradora convalescença desde o reinado filipino que nos abalou as fundações. Depois, Eva e Pedro, até podiam passar mais tempo numa estância turística Suíça, pois teriam quem lhe pagasse as contas… Sempre. E a horas.
[1] Exposição ou relação em que se descreve minuciosamente uma situação ou acontecimento, conforme a definição que Harry Shaw lhe dá, no seu DICIONÁRIO DE TERMOS LITERÁRIOS, Publicações Dom Quixote, Lisboa-1978, na pág. 393, catalogando neste item muitos artigos e algumas obras de não ficção [como ficcionadas, acrescentamos nós].
[2] Síntese de várias notícias, de acordo com Silva Araújo, no livro VAMOS FALAR DE JORNALISMO, Direção-Geral da Comunicação Social, 2ª Edição, Lisboa-1990, à pág. 15.
[3] “… era para os imprevistos que serviam os seguros”, como se afirma na página 98 deste livro de BELLO, Mónica.
[4] Que iniciou a sua carreira em 1988 como jornalista, editora e diretora-adjunta d’O Independente, mas também exerceu o seu profissionalismo noutros títulos nacionais como o jornal i ou a revista Grande Reportagem, conforme se enuncia na badana esquerda.
[5] Shaw-1978, pág. 390.
[6] “abertura de frases estereotipadas com que, há décadas, se iniciava a notícia”, segundo Araújo-1990, pág. 50.
[7] Shaw-1978, pág. 394.
[8] “Quando o motivo aparece muitas vezes ao longo de uma obra, e assume aí um papel preciso, falamos por analogia com a música de leitmotiv (por exemplo, a pequena frase de Vinteuill, em La Recherche du Temps Perdu), conforme afirmam TODOROV, Tzvetan, e DUCROT, Oswald, no DICIONÁRIO DAS CIÊNCIAS DA LINGUAGEM, edição portuguesa orientada por Eduardo Prado Coelho, para as Publicações Dom Quixote, Lisboa- 1978, pág. 268.
[9] BELLO-2024, págs. 7, 43, 48, 53, 57, 59, 60, 61, 67, 68, 80, 88, 93, 95, 99,108, 112, 114, 115, 117, 125, 129, 136, 137, 142, 143, 144, 146, 147, 148 e segs.
[10] Mais precisamente com “lâmina de aço de dois gumes”, c.f. BELLO-2024, pág. 88.
[11] Ídem, pág. 80
[12] Ídem, págs. 70 e 72.
[13] Ídem, pág. 145.
[14] WARREM, Austin, e WELLEK, René, TEORIA DA LITERATURA, trad. José Palla e Carmo, col. Biblioteca Universitária, Publicações Europa-América, 4ª edição, 1982, pág. 265.
[15] Shaw-1978, pág. 320. E também “Novel [porque] é um retrato da vida real e do comportamento da época em que foi escrito”, conforme WARREM e WELLEK – 1982, pág. 268.
[16] WARREM e WELLEK - 1982, pág. 267.
[17] BELLO-2024, episódio da noite passada no hotel por Eva Mayer e Pedro Araújo de Brito, pág. 144.
[18] Conforme terá dito a rainha Maria Pia… in BELLO-2024, pág. 86.
[19] Arte significa exatamente expressão técnica de algo ou “conjunto dos meios pelos quais é possível obter a realização prática de algo. = TÉCNICA” – "arte", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2025, https://dicionario.priberam.org/arte.
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