ELECTRICIDADE VERDE - REACÇÃO DO MINISTRO AO REQUERIMENTO DE “OS VERDES”
“OS VERDES” QUEREM A VERDADE
“Os Verdes” informam que os dados utilizados no requerimento que ontem apresentaram no parlamento, e que denunciam que o Ministério da Agricultura encontrou 45% de irregularidades na “electricidade verde” com base na análise de apenas 7 casos (tendo encontrado 3 casos irregulares), foram dados fornecidos pelo próprio Ministério da Agricultura em resposta a anterior requerimento deste Grupo Parlamentar.
O Sr. Ministro, hoje, diz que não foi assim. Então tem que dizer também qual foi o verdadeiro número da amostra da auditoria realizada, para que não restem quaisquer dúvidas.
Junto enviamos a resposta do Ministério da Agricultura que deu origem ao requerimento ontem apresentado.
O Gabinete de Imprensa
23 de Junho de 2006
Convite para partilhar caminhos de leitura e uma abertura para os mundos virtuais e virtuososos da escrita sem rede nem receios de censura. Ah, e não esquecer que os e-mails de serviço são osverdes.ptg@gmail.com ou castanhoster@gmail.com FORÇA!!! Digam de vossa justiça!
6.23.2006
6.22.2006
OS 45% DE IRREGULARIDADES NA ELECTRICIDADE VERDE REPRESENTAVAM AFINAL 3 CASOS IRREGULARES (EM 28 MIL)
EXIGIMOS A REPOSIÇÃO DA ELECTRICIDADE VERDE, EM ABONO DA VERDADE
A Deputada Heloísa Apolónia, do Grupo Parlamentar “Os Verdes” acabou de entregar um requerimento na Assembleia da República, dirigido ao Ministério da Agricultura, o qual junto anexamos para conhecimento da totalidade do seu texto.
O certo é que o Sr. Ministro da Agricultura procurou generalizar a ideia que dos 28000 beneficiários da electricidade verde, 45% era infractores.
Ocorre, que em resposta a um requerimento de Março de “Os Verdes”, chegado a este Grupo Parlamentar esta semana, desvendou-se a verdade e afinal… a montanha tinha parido um rato.
A amostra a que o Sr. Ministro se referia, que deu azo a encontrar 45% de infractores era uma amostra de 7 denúncias, das quais se encontraram 3 casos de irregularidade. Para além disso a amostra não foi aleatória, mas sim baseada em denúncias.
Ou seja, foi com esta amostragem profundamente viciada e nada representativa do universo dos agricultores beneficiários da electricidade verde, que o Sr. Ministro da Agricultura decidiu extinguir esta ajuda à agricultura.
O Sr. Ministro encapotando esta metodologia generalizou uma ideia falsa: que dos 28000 beneficiários, havia 45% casos de irregularidade.
O Sr. Ministro tem que repor a verdade e para criar justiça em toda esta situação, tem que sancionar os casos de irregularidades encontrados e repor imediatamente a ajuda designada por electricidade verde, porque a extinguiu com base numa falsidade, que tem que ser denunciada! Iludir a realidade para conseguir os propósitos de ajuste do défice, à conta dos agricultores, não é tolerável!
O Gabinete de Imprensa
22 de Junho de 2006
EXIGIMOS A REPOSIÇÃO DA ELECTRICIDADE VERDE, EM ABONO DA VERDADE
A Deputada Heloísa Apolónia, do Grupo Parlamentar “Os Verdes” acabou de entregar um requerimento na Assembleia da República, dirigido ao Ministério da Agricultura, o qual junto anexamos para conhecimento da totalidade do seu texto.
O certo é que o Sr. Ministro da Agricultura procurou generalizar a ideia que dos 28000 beneficiários da electricidade verde, 45% era infractores.
Ocorre, que em resposta a um requerimento de Março de “Os Verdes”, chegado a este Grupo Parlamentar esta semana, desvendou-se a verdade e afinal… a montanha tinha parido um rato.
A amostra a que o Sr. Ministro se referia, que deu azo a encontrar 45% de infractores era uma amostra de 7 denúncias, das quais se encontraram 3 casos de irregularidade. Para além disso a amostra não foi aleatória, mas sim baseada em denúncias.
Ou seja, foi com esta amostragem profundamente viciada e nada representativa do universo dos agricultores beneficiários da electricidade verde, que o Sr. Ministro da Agricultura decidiu extinguir esta ajuda à agricultura.
O Sr. Ministro encapotando esta metodologia generalizou uma ideia falsa: que dos 28000 beneficiários, havia 45% casos de irregularidade.
O Sr. Ministro tem que repor a verdade e para criar justiça em toda esta situação, tem que sancionar os casos de irregularidades encontrados e repor imediatamente a ajuda designada por electricidade verde, porque a extinguiu com base numa falsidade, que tem que ser denunciada! Iludir a realidade para conseguir os propósitos de ajuste do défice, à conta dos agricultores, não é tolerável!
O Gabinete de Imprensa
22 de Junho de 2006
6.12.2006
CONCURSO DE PROFESSORES ESTÁ VICIADO
GOVERNO QUER ACABAR DISSIMULADAMENTE COM MAIS DE MIL VAGAS NOS QUADROS DAS ESCOLAS
Chegou ao Grupo Parlamentar de “Os Verdes” um conjunto de denúncias de professores que apontam para a existência de um grave erro no concurso para docentes de 2006, que o desvirtua e vicia completamente, e de forma extremamente grave, subverte a colocação e número de professores colocados.
O erro agora denunciado prende-se com a não recuperação automática de mais de 1000 vagas de quadro em estabelecimentos de ensino espalhados por todo o país. Isto significa que, numa situação normal, quando sai um professor de um quadro de escola, deve abrir-se uma vaga positiva, possibilitando assim que outro professor possa aí ser colocado, originando assim a movimentação de muitos outros docentes.
O que verificaram os professores neste concurso de 2006, foi que as vagas deixadas em aberto por efeito de movimentação de concurso, por outros seus colegas, efectivos de quadro de nomeação definitiva (que não eram titulares de horário zero), não foram contabilizadas como positivas, ou seja, na prática diminuiu o número de vagas disponíveis nos quadros de escola (mais de 1000 vagas).
Os professores aperceberam-se que o estratagema montado pelo Ministério da Educação, sem que nada o fizesse supor, e de forma extremamente gravosa, gorava as suas expectativas de mobilidade por um período, que a não ser corrigido o erro, se repercutirá, no mínimo, por 3 anos escolares.
Isto representa uma diminuição no número de vagas disponíveis nos quadros de escola o que levará certamente ao agravamento dos ratio aluno/professor, ao aumento de nº de alunos por turma, ao aparecimento de cada vez mais escolas com turnos duplos, com prejuízo para o agravamento das condições de ensino em Portugal, e em última análise, ao agravamento do desemprego na profissão docente.
O Ministério da Educação demonstra assim mais uma vez que está de facto apenas preocupado em poupar a todo o custo e por todas as vias recursos na Educação mesmo que isso signifique a degradação do acesso em condições de igualdade a um ensino de qualidade para todos, engrossando o caudal de razões que já levaram “Os Verdes” a pedir a demissão da Sra. Ministra.
Este acontecimento é de extrema gravidade e subverte toda a lógica que deve presidir ao concurso nacional de professores. “Os Verdes” acreditam que existem professores que não têm ainda conhecimento desta “redução encapotada” e têm a sua carreira e vida pessoal prejudicada, com o aval do Ministério da Educação.
“Os Verdes” exigem uma urgente clarificação por parte do Ministério da Educação quanto a toda esta questão, a publicação e divulgação da totalidade das vagas positivas de facto existentes em todo o país e o prolongamento do período de reclamação, que oficialmente termina hoje, permitindo assim aos professores, exercerem o seu direito a concorrer àquelas vagas e simultânea e principalmente defenderem os interesses das escolas afectadas e dos alunos que as frequentam a não perderem o número de professores a que têm direito.
Para mais informações sobre este assunto, poderão contactar “Os Verdes” através do número 917462769.
O Gabinete de Imprensa
9 de Junho de 2006
FUNDO DE COMPENSAÇÃO PARA OGM NÃO PASSA DE UMA MERA BRINCADEIRA
Finalmente o Governo aprovou ontem, em Conselho de Ministros, o Decreto-Lei que cria o Fundo de Compensação destinado a suportar danos, de natureza económica, derivados da contaminação do cultivo de variedades geneticamente modificadas.
Para “Os Verdes”, as perdas causadas pelos cultivos de transgénicos não serão seguramente apenas de natureza económica e tão pouco do tipo de prejuízos económicos que o Governo agora se propõem compensar. Haverá um conjunto de questões que, considerando o texto que foi ontem divulgado, não foram contempladas neste “danos de natureza económica”, nomeadamente: custos de depreciação do produto com consequente baixa do seu preço, custos comerciais decorrentes da perda de clientes, custos decorrentes de medidas preventivas a implementar pelos agricultores de modo a evitarem futuras contaminações, custos de diminuição da produtividade (pragas e doenças mais resistentes, diminuição agentes polinizadores pela perda de biodiversidade), entre outros, cujos custos não podem ser contabilizados.
Escandalosamente, este fundo tem como beneficiários apenas os agricultores que tenham sofrido danos por contaminações superiores ao 0,9%. Desta forma, o Governo transforma um limite de rotulagem num limite permitido de poluição genética, o que é profundamente vergonhoso e desonesto. Ao permitir 0,9% de contaminação na origem dos produtos agrícolas, o Governo coloca em risco a existência de alimentos não transgénicos, pois haverá um factor acumulado de contaminação. Mais, qual o futuro dos agricultores biológicos em Portugal a quem não é permitido qualquer teor de contaminação, para assim poderem vender os seus produtos com a certificação de produtos biológicos?
“Os Verdes” consideram ainda que a atribuição de compensações e o cálculo dos respectivos montantes, devem estar definidas por lei, e não sujeitos aos humores de um qualquer Grupo de Avaliação, cuja constituição ainda não é clara.
Também os critérios de elegibilidade para a atribuição de compensação previstos neste Decreto-lei são discutíveis, visto que as contaminações não ocorrem forçosamente na mesma campanha de cultivo, podendo ocorrer de uma campanha para a outra. Por outro lado, sujeitar a atribuição de compensação à prévia utilização de semente certificada é ceder em toda a linha, àqueles que querem impor as sementes transgénicas. É pôr um ponto final na utilização de sementes tradicionais, colocando em perigo a manutenção e a preservação das variedades tradicionais, ou seja, é contribuir claramente para a perda de biodiversidade.
“Os Verdes" consideram que ao estabelecer um prazo de 5 anos para a existência deste Fundo (sujeito a prorrogação se tal se justificar), o Governo demonstra, mais uma vez, a sua total ignorância sobre a matéria, pois não compreende que os prejuízos e consequências do cultivo de OGM perdurarão por gerações e gerações.
Aguardamos para ver qual o valor das taxas sobre as embalagens de sementes de variedade OGM, pois ou serão na verdade realistas face às necessidades e aos custos que o fundo de compensação terá que suportar e, neste caso, o custo da semente transgénica será proibitivo e não viável para o seu cultivo, ou será irrisório e o fundo de compensação não passará de uma mera brincadeira.
“Os Verdes” aguardam pela publicação do diploma para que possam efectuar uma análise mais profunda e pormenorizada sobre esta matéria.
O Gabinete de Imprensa
9 de Junho de 2006
GOVERNO QUER ACABAR DISSIMULADAMENTE COM MAIS DE MIL VAGAS NOS QUADROS DAS ESCOLAS
Chegou ao Grupo Parlamentar de “Os Verdes” um conjunto de denúncias de professores que apontam para a existência de um grave erro no concurso para docentes de 2006, que o desvirtua e vicia completamente, e de forma extremamente grave, subverte a colocação e número de professores colocados.
O erro agora denunciado prende-se com a não recuperação automática de mais de 1000 vagas de quadro em estabelecimentos de ensino espalhados por todo o país. Isto significa que, numa situação normal, quando sai um professor de um quadro de escola, deve abrir-se uma vaga positiva, possibilitando assim que outro professor possa aí ser colocado, originando assim a movimentação de muitos outros docentes.
O que verificaram os professores neste concurso de 2006, foi que as vagas deixadas em aberto por efeito de movimentação de concurso, por outros seus colegas, efectivos de quadro de nomeação definitiva (que não eram titulares de horário zero), não foram contabilizadas como positivas, ou seja, na prática diminuiu o número de vagas disponíveis nos quadros de escola (mais de 1000 vagas).
Os professores aperceberam-se que o estratagema montado pelo Ministério da Educação, sem que nada o fizesse supor, e de forma extremamente gravosa, gorava as suas expectativas de mobilidade por um período, que a não ser corrigido o erro, se repercutirá, no mínimo, por 3 anos escolares.
Isto representa uma diminuição no número de vagas disponíveis nos quadros de escola o que levará certamente ao agravamento dos ratio aluno/professor, ao aumento de nº de alunos por turma, ao aparecimento de cada vez mais escolas com turnos duplos, com prejuízo para o agravamento das condições de ensino em Portugal, e em última análise, ao agravamento do desemprego na profissão docente.
O Ministério da Educação demonstra assim mais uma vez que está de facto apenas preocupado em poupar a todo o custo e por todas as vias recursos na Educação mesmo que isso signifique a degradação do acesso em condições de igualdade a um ensino de qualidade para todos, engrossando o caudal de razões que já levaram “Os Verdes” a pedir a demissão da Sra. Ministra.
Este acontecimento é de extrema gravidade e subverte toda a lógica que deve presidir ao concurso nacional de professores. “Os Verdes” acreditam que existem professores que não têm ainda conhecimento desta “redução encapotada” e têm a sua carreira e vida pessoal prejudicada, com o aval do Ministério da Educação.
“Os Verdes” exigem uma urgente clarificação por parte do Ministério da Educação quanto a toda esta questão, a publicação e divulgação da totalidade das vagas positivas de facto existentes em todo o país e o prolongamento do período de reclamação, que oficialmente termina hoje, permitindo assim aos professores, exercerem o seu direito a concorrer àquelas vagas e simultânea e principalmente defenderem os interesses das escolas afectadas e dos alunos que as frequentam a não perderem o número de professores a que têm direito.
Para mais informações sobre este assunto, poderão contactar “Os Verdes” através do número 917462769.
O Gabinete de Imprensa
9 de Junho de 2006
FUNDO DE COMPENSAÇÃO PARA OGM NÃO PASSA DE UMA MERA BRINCADEIRA
Finalmente o Governo aprovou ontem, em Conselho de Ministros, o Decreto-Lei que cria o Fundo de Compensação destinado a suportar danos, de natureza económica, derivados da contaminação do cultivo de variedades geneticamente modificadas.
Para “Os Verdes”, as perdas causadas pelos cultivos de transgénicos não serão seguramente apenas de natureza económica e tão pouco do tipo de prejuízos económicos que o Governo agora se propõem compensar. Haverá um conjunto de questões que, considerando o texto que foi ontem divulgado, não foram contempladas neste “danos de natureza económica”, nomeadamente: custos de depreciação do produto com consequente baixa do seu preço, custos comerciais decorrentes da perda de clientes, custos decorrentes de medidas preventivas a implementar pelos agricultores de modo a evitarem futuras contaminações, custos de diminuição da produtividade (pragas e doenças mais resistentes, diminuição agentes polinizadores pela perda de biodiversidade), entre outros, cujos custos não podem ser contabilizados.
Escandalosamente, este fundo tem como beneficiários apenas os agricultores que tenham sofrido danos por contaminações superiores ao 0,9%. Desta forma, o Governo transforma um limite de rotulagem num limite permitido de poluição genética, o que é profundamente vergonhoso e desonesto. Ao permitir 0,9% de contaminação na origem dos produtos agrícolas, o Governo coloca em risco a existência de alimentos não transgénicos, pois haverá um factor acumulado de contaminação. Mais, qual o futuro dos agricultores biológicos em Portugal a quem não é permitido qualquer teor de contaminação, para assim poderem vender os seus produtos com a certificação de produtos biológicos?
“Os Verdes” consideram ainda que a atribuição de compensações e o cálculo dos respectivos montantes, devem estar definidas por lei, e não sujeitos aos humores de um qualquer Grupo de Avaliação, cuja constituição ainda não é clara.
Também os critérios de elegibilidade para a atribuição de compensação previstos neste Decreto-lei são discutíveis, visto que as contaminações não ocorrem forçosamente na mesma campanha de cultivo, podendo ocorrer de uma campanha para a outra. Por outro lado, sujeitar a atribuição de compensação à prévia utilização de semente certificada é ceder em toda a linha, àqueles que querem impor as sementes transgénicas. É pôr um ponto final na utilização de sementes tradicionais, colocando em perigo a manutenção e a preservação das variedades tradicionais, ou seja, é contribuir claramente para a perda de biodiversidade.
“Os Verdes" consideram que ao estabelecer um prazo de 5 anos para a existência deste Fundo (sujeito a prorrogação se tal se justificar), o Governo demonstra, mais uma vez, a sua total ignorância sobre a matéria, pois não compreende que os prejuízos e consequências do cultivo de OGM perdurarão por gerações e gerações.
Aguardamos para ver qual o valor das taxas sobre as embalagens de sementes de variedade OGM, pois ou serão na verdade realistas face às necessidades e aos custos que o fundo de compensação terá que suportar e, neste caso, o custo da semente transgénica será proibitivo e não viável para o seu cultivo, ou será irrisório e o fundo de compensação não passará de uma mera brincadeira.
“Os Verdes” aguardam pela publicação do diploma para que possam efectuar uma análise mais profunda e pormenorizada sobre esta matéria.
O Gabinete de Imprensa
9 de Junho de 2006
6.09.2006
Crónicas (In)divisas
Por Joaquim Castanho
osverdes.ptg@gmail.com
A DÉCADA DA SALVAÇÃO
Creio que o afecto que uma geração sente pelas que se lhe seguem se manifesta de forma tão estranha e arrebatadora, que se pode mais ou menos enunciar nestes termos: já que não podemos ficar cá com vocês, tudo faremos para que vos possamos levar connosco para os túmulos.
Afirmou Jane Goodall, doutorada em Etologia, famosa pelo seu estudo sobre os chimpanzés da Tanzânia, quando da sua estadia em Lisboa, que nas comunidades destes avôs macacos do homem "todos os machos da comunidade agem de forma paternal para com as crias, quer sejam deles ou não. Um macho protege uma cria em apuros e as fronteiras da sua comunidade. Isto diz-nos que há nos chimpanzés laços duradouros de afecto entre membros de uma família que podem durar toda a vida (...)"; ou seja, desconhecem os primatas aquilo que há em excesso na humanidade (dita evoluída): o abandono, maus tratos, violações, pedofilia, torturas, amputações de órgãos genitais (ou parte deles, como do clitóris), abusos de paternidade, trabalho infantil e insucesso escolar. E, mais curioso ainda, não consta que os baptizem para mais tarde virem a ser exemplares e cristãos pais de família, como aos humanos que apelidam estes símios de bichos!... Pois, e eles o que são?!... Uns sábios? Uns santos? Uns mártires? Uns juizes? Uns filósofos? Uns pedagogos? Uns mané-marias? Não. São o supra-sumo da gerontocracia onde o economês da pedagogia carreirista que tomou o cavaquinho nos dentes morde à desfilada qualquer um que lhe toque (ou intente sequer tocar) na mesada: a geração dos 70.
Exacto. Comandados por Aníbal Cavaco Silva, que quando terminar o segundo mandato perfará a maçónica e bonita idade de 77 anos (aqui convém notar o alto teor cabalístico do número… duas vezes o sete!), os nobres yuppies do reino, em que o mais novo, São Marcelo das TSF e TV's, ronda os sessenta anos – o meu avô morreu por essa idade mais ou menos... –, Belmiro de Azevedo abicha no mínimo 70 primaveras, na Praga dos restantes capitães que o cilindram ou invejam, como Mário Soares – upa, upa! –, Ramalho Eanes, Pacheco Pereira, Miguel Sousa Tavares, Freitas do Amaral, Júdice e Ricardo Salgado, por exemplo e para citar apenas os mais famosos da casa dos mesmos, que nos prometeram manter-se vigilantes, activos, contundentes, para nos levar à vitória de assegurar as suas regalias infinitas e chorudas (comummente conhecidas pela figura jurídica dos direitos adquiridos), mas que aprontam agora o seu grito de guerra (aqui d'el Rei!!!!.....) para combater a sevícia da verdade pura, nua e crua, que é de que quando puderam não fizeram absolutamente nada por nós, nem pelo futuro nem pelos portugueses, e querem continuar a explorar-nos em troca disso. Que esperam? Que a pátria agradecida pelos últimos lugares em todos os rankings positivos europeus lhes faça o digno e meritório manguito? Bom...
Ao certo e de coração, convinha que explicassem o vazio empresarial, financeiro, tecnológico, de segurança social, qualidade artística e idiomática, ideológica e de cidadania, que nos acoplaram, para que agora possamos aguentar e pagar as regalias que para si mesmos inventaram, editaram, decretaram, com foros e enquadramentos de eternidade! Porque não explicam directamente à nação e ao mundo como nos atravancaram o presente com inúmeras políticas imprestáveis, leis inauditas castradoras do desenvolvimento, esclavagistas e inoperantes, tecido económico insustentável, função pública retrógrada e obsoleta, capital de brincadeirinha e ordenamento territorial já fora de prazo no tempo do Napoleão! Será que o não sabem e têm pejo de o dizer seja a quem for e poder não tenha para absolvê-los conforme os desígnios do senhor (dois credos e meia dúzia de mea culpas do acto de contrições, bem batidos no peito, acompanhados de choro, grito e ranho) ou o olhar da história? Então, se querem o que querem mas não sabem o que é nem como consegui-lo, porque se entrincheiram na obsolência da experiência passada, que como passado passou e nunca significará outra coisa nem exemplo para ninguém, posto que ao fazerem-se a si mesmos e aos demais não os sentem senão como invenção sua e para os servir, fazendo de cada geração seguinte uma percentagem de lacaios ao seu dispor, cuja razão de ser é a subserviência, a utilidade, a mais-valia de lhes pagar as chorudas reformas que para si decretaram, aturar-lhe as sentenças fundamentalistas e analéticas, mudar-lhes a fralda, dar-lhes a paparoca, distraí-los e passeá-los? Imunes à consciência por ignorância e carapaça de culpa que lhe esterca a alma, não contentes e satisfeitos com o enredado futuro que nos legaram, outorgam-se ainda arautos do saber e da mudança, aquela coisa que resumem como uma estratégia de tirar tudo de um sítio para lá o voltar a pôr, precisamente como estava: estiveram onde ninguém ousou, fizeram o que mais ninguém viu, e ainda muito para além das teorias universais e ideologias utópicas, viram claramente visto o que nenhuns iluminados tentaram interpretar sequer – o mal do mundo, a perversão dos mais novos, a ociosidade de quem estuda, a vadiíce e diminuta rentabilidade no trabalho de quem os sustenta. E, por tudo isso, o nosso muito, muito, muito, obrigado!...
Sim, porque foi muito o que nos legaram… Não olvidemos! Por exemplo: um ensino viciado, abjecto, podre até aos insucessos, apetrechado de aboríngenos modelos pedagógicos, que até os maus alunos rejeitam; uma economia deficitária assente na carbonização insustentável; uma justiça intrépida, esclerosada, honorosa, controlada por advogados e magistrados incapazes de se soltarem da sua percepção motivada, preconcebida, ignara e ineficaz; uma agricultura palimpsestuosa, cavernácula, incompetitiva e descompensada biologicamente¸ além de subsidiária; uma saúde adoentada, cara, bloqueada, inoperativa e virulenta; universidades e politécnicos pouco menos que autistas, invertebrados, inúteis e fora de prazo, que apenas aumentam o índice de desemprego (17% de excluídos do mercado de trabalho são oriundos deles); um parlamento recheado de chicos-espertos até aos tutanos dos balcões dos visitantes VIP; uma segurança social falida, rota, seleccionista e insustentável, apoiada em emprego precário; um sistema fiscal tosco, velho, embolorecido, em mognos casebres, mandraço, conivente com a lavagem e ao serviço da máfia do betão ou das mãos untadas; autarquias sobrecarregadas de funcionalismo corporativista e abrigo de clientelismos partidários; uma defesa encarapuçada, camuflada em magalomanias de submarinos e chaimites, mão-de-obra barata da NATO mas imprestáveis para defender o nosso ar, águas oceânicas e rios, solo e paisagens, das ameaças poluidoras externas; e uma História em que ninguém acredita desde que não esteja deveras embriagado pela propaganda patriótica do bandeirismo. Pelo que mais uma vez agradecemos, recolhidos e compungidos! Solenes. Com o manguito da honestidade popular… Obrigado!
E poderá ainda ser diferente? Provavelmente, não. Um NÃO rotundo e grande, de til seguro e firme, apertado, de cilha justa, tal e qual a albarda que Bordalo Pinheiro desenhou no dorso do povo, que de costas dobradas caminhava sob o jugo das finanças. A não ser que a emigração nos acuda... Que renove totalmente as nossas ilustres e abrasonadas famílias, lhe agite o sangue de réptil friorento, substituindo os egrégios avós por avôs normais, emigrados, menos caganeirosos com os parece bem, menos apegados ao safe-se-quem-puder econimicista da democraciazinha dos enforcados, género telenovela romântica tísica e tuberculosa que nos plantaram na vida em horário nobre; avôs que não queiram instalar-se vitaliciamente com pecúlio e barrete para usufruto próprio nos gabinetes e corredores do poder. Que abdiquem da sua magistral velhice de influência e deixem definitivamente de influenciar a magistratura com os seus exemplos paternalistas, na moralidade do secretismo, como efeito directo dos privilégios passados e adquiridos. Saqueados à história do futuro. Avôs menos históricos e dinossáuricos, menos de pregador batoteiro e contrabandista, vendedor de banha-de-cobra, do que aqueles que nos semearam nas praças dos comércios e passeios públicos, salas dos passos perdidos a céu aberto, onde montaram feira permanente para comprar e vender egoistamente a esperança de vida dos seus netos. E a preços monopolistas, arruaceiros e provincianos.
E acima de tudo que deixem de recorrer às incultas (segundo alguns menos maneiristas saloias e labregas) cidades do interior desertificado, envelhecido e pobretanas, para besuntar q.b. de quórum social as suas expeditas inclusões, somente porque nas grandes metrópoles já ninguém os ouve e atura, ninguém perde tempo a proferir ámens de palminhas e tirolilos, pois tem os filhos para criar ou de valorizar-se a si mesmos se querem aguentar os embates da modernidade. Se estão academizando para as suas conversas em família com os bravos e vivas dos botas-de-elástico do costume. E que ainda não aprenderam a dormir de olhos abertos com o semblante de quem escuta atentamente o que lhe vociferam dos púlpitos como fazem os parlamentares e outros seroeiros sentenciosos de café em hora de sesta, batidos no acatar das dominicais homílias. Ou se não embalam ao sabor das incursões infrutíferas ao país real, cuja exclusiva finalidade, além da motivação excursionista dos soberanos, reside, em absoluto, no alimentar do ego dos que partem em tournée para dessiminar a jesuítica Boa Nova. Para evangelizar os autarcas bebedolas das romarias e foguetórios, pata negra, broa e sardinha assada, que escarram nas valetas pròs peões desistirem de andar nas ruas. E não obstante a receite resulte plenamente e assente que nem ginjas no licor do populismo. Ou cereja!...
Bem hajam, portanto, todos aqueles a quem a mão jus da posteridade, não se esquecerá de traçar o mui digno e propositado epitáfio:
“Nasceram, o mundo estava mal…
Morreram: ainda o deixaram pior!”
Por Joaquim Castanho
osverdes.ptg@gmail.com
A DÉCADA DA SALVAÇÃO
Creio que o afecto que uma geração sente pelas que se lhe seguem se manifesta de forma tão estranha e arrebatadora, que se pode mais ou menos enunciar nestes termos: já que não podemos ficar cá com vocês, tudo faremos para que vos possamos levar connosco para os túmulos.
Afirmou Jane Goodall, doutorada em Etologia, famosa pelo seu estudo sobre os chimpanzés da Tanzânia, quando da sua estadia em Lisboa, que nas comunidades destes avôs macacos do homem "todos os machos da comunidade agem de forma paternal para com as crias, quer sejam deles ou não. Um macho protege uma cria em apuros e as fronteiras da sua comunidade. Isto diz-nos que há nos chimpanzés laços duradouros de afecto entre membros de uma família que podem durar toda a vida (...)"; ou seja, desconhecem os primatas aquilo que há em excesso na humanidade (dita evoluída): o abandono, maus tratos, violações, pedofilia, torturas, amputações de órgãos genitais (ou parte deles, como do clitóris), abusos de paternidade, trabalho infantil e insucesso escolar. E, mais curioso ainda, não consta que os baptizem para mais tarde virem a ser exemplares e cristãos pais de família, como aos humanos que apelidam estes símios de bichos!... Pois, e eles o que são?!... Uns sábios? Uns santos? Uns mártires? Uns juizes? Uns filósofos? Uns pedagogos? Uns mané-marias? Não. São o supra-sumo da gerontocracia onde o economês da pedagogia carreirista que tomou o cavaquinho nos dentes morde à desfilada qualquer um que lhe toque (ou intente sequer tocar) na mesada: a geração dos 70.
Exacto. Comandados por Aníbal Cavaco Silva, que quando terminar o segundo mandato perfará a maçónica e bonita idade de 77 anos (aqui convém notar o alto teor cabalístico do número… duas vezes o sete!), os nobres yuppies do reino, em que o mais novo, São Marcelo das TSF e TV's, ronda os sessenta anos – o meu avô morreu por essa idade mais ou menos... –, Belmiro de Azevedo abicha no mínimo 70 primaveras, na Praga dos restantes capitães que o cilindram ou invejam, como Mário Soares – upa, upa! –, Ramalho Eanes, Pacheco Pereira, Miguel Sousa Tavares, Freitas do Amaral, Júdice e Ricardo Salgado, por exemplo e para citar apenas os mais famosos da casa dos mesmos, que nos prometeram manter-se vigilantes, activos, contundentes, para nos levar à vitória de assegurar as suas regalias infinitas e chorudas (comummente conhecidas pela figura jurídica dos direitos adquiridos), mas que aprontam agora o seu grito de guerra (aqui d'el Rei!!!!.....) para combater a sevícia da verdade pura, nua e crua, que é de que quando puderam não fizeram absolutamente nada por nós, nem pelo futuro nem pelos portugueses, e querem continuar a explorar-nos em troca disso. Que esperam? Que a pátria agradecida pelos últimos lugares em todos os rankings positivos europeus lhes faça o digno e meritório manguito? Bom...
Ao certo e de coração, convinha que explicassem o vazio empresarial, financeiro, tecnológico, de segurança social, qualidade artística e idiomática, ideológica e de cidadania, que nos acoplaram, para que agora possamos aguentar e pagar as regalias que para si mesmos inventaram, editaram, decretaram, com foros e enquadramentos de eternidade! Porque não explicam directamente à nação e ao mundo como nos atravancaram o presente com inúmeras políticas imprestáveis, leis inauditas castradoras do desenvolvimento, esclavagistas e inoperantes, tecido económico insustentável, função pública retrógrada e obsoleta, capital de brincadeirinha e ordenamento territorial já fora de prazo no tempo do Napoleão! Será que o não sabem e têm pejo de o dizer seja a quem for e poder não tenha para absolvê-los conforme os desígnios do senhor (dois credos e meia dúzia de mea culpas do acto de contrições, bem batidos no peito, acompanhados de choro, grito e ranho) ou o olhar da história? Então, se querem o que querem mas não sabem o que é nem como consegui-lo, porque se entrincheiram na obsolência da experiência passada, que como passado passou e nunca significará outra coisa nem exemplo para ninguém, posto que ao fazerem-se a si mesmos e aos demais não os sentem senão como invenção sua e para os servir, fazendo de cada geração seguinte uma percentagem de lacaios ao seu dispor, cuja razão de ser é a subserviência, a utilidade, a mais-valia de lhes pagar as chorudas reformas que para si decretaram, aturar-lhe as sentenças fundamentalistas e analéticas, mudar-lhes a fralda, dar-lhes a paparoca, distraí-los e passeá-los? Imunes à consciência por ignorância e carapaça de culpa que lhe esterca a alma, não contentes e satisfeitos com o enredado futuro que nos legaram, outorgam-se ainda arautos do saber e da mudança, aquela coisa que resumem como uma estratégia de tirar tudo de um sítio para lá o voltar a pôr, precisamente como estava: estiveram onde ninguém ousou, fizeram o que mais ninguém viu, e ainda muito para além das teorias universais e ideologias utópicas, viram claramente visto o que nenhuns iluminados tentaram interpretar sequer – o mal do mundo, a perversão dos mais novos, a ociosidade de quem estuda, a vadiíce e diminuta rentabilidade no trabalho de quem os sustenta. E, por tudo isso, o nosso muito, muito, muito, obrigado!...
Sim, porque foi muito o que nos legaram… Não olvidemos! Por exemplo: um ensino viciado, abjecto, podre até aos insucessos, apetrechado de aboríngenos modelos pedagógicos, que até os maus alunos rejeitam; uma economia deficitária assente na carbonização insustentável; uma justiça intrépida, esclerosada, honorosa, controlada por advogados e magistrados incapazes de se soltarem da sua percepção motivada, preconcebida, ignara e ineficaz; uma agricultura palimpsestuosa, cavernácula, incompetitiva e descompensada biologicamente¸ além de subsidiária; uma saúde adoentada, cara, bloqueada, inoperativa e virulenta; universidades e politécnicos pouco menos que autistas, invertebrados, inúteis e fora de prazo, que apenas aumentam o índice de desemprego (17% de excluídos do mercado de trabalho são oriundos deles); um parlamento recheado de chicos-espertos até aos tutanos dos balcões dos visitantes VIP; uma segurança social falida, rota, seleccionista e insustentável, apoiada em emprego precário; um sistema fiscal tosco, velho, embolorecido, em mognos casebres, mandraço, conivente com a lavagem e ao serviço da máfia do betão ou das mãos untadas; autarquias sobrecarregadas de funcionalismo corporativista e abrigo de clientelismos partidários; uma defesa encarapuçada, camuflada em magalomanias de submarinos e chaimites, mão-de-obra barata da NATO mas imprestáveis para defender o nosso ar, águas oceânicas e rios, solo e paisagens, das ameaças poluidoras externas; e uma História em que ninguém acredita desde que não esteja deveras embriagado pela propaganda patriótica do bandeirismo. Pelo que mais uma vez agradecemos, recolhidos e compungidos! Solenes. Com o manguito da honestidade popular… Obrigado!
E poderá ainda ser diferente? Provavelmente, não. Um NÃO rotundo e grande, de til seguro e firme, apertado, de cilha justa, tal e qual a albarda que Bordalo Pinheiro desenhou no dorso do povo, que de costas dobradas caminhava sob o jugo das finanças. A não ser que a emigração nos acuda... Que renove totalmente as nossas ilustres e abrasonadas famílias, lhe agite o sangue de réptil friorento, substituindo os egrégios avós por avôs normais, emigrados, menos caganeirosos com os parece bem, menos apegados ao safe-se-quem-puder econimicista da democraciazinha dos enforcados, género telenovela romântica tísica e tuberculosa que nos plantaram na vida em horário nobre; avôs que não queiram instalar-se vitaliciamente com pecúlio e barrete para usufruto próprio nos gabinetes e corredores do poder. Que abdiquem da sua magistral velhice de influência e deixem definitivamente de influenciar a magistratura com os seus exemplos paternalistas, na moralidade do secretismo, como efeito directo dos privilégios passados e adquiridos. Saqueados à história do futuro. Avôs menos históricos e dinossáuricos, menos de pregador batoteiro e contrabandista, vendedor de banha-de-cobra, do que aqueles que nos semearam nas praças dos comércios e passeios públicos, salas dos passos perdidos a céu aberto, onde montaram feira permanente para comprar e vender egoistamente a esperança de vida dos seus netos. E a preços monopolistas, arruaceiros e provincianos.
E acima de tudo que deixem de recorrer às incultas (segundo alguns menos maneiristas saloias e labregas) cidades do interior desertificado, envelhecido e pobretanas, para besuntar q.b. de quórum social as suas expeditas inclusões, somente porque nas grandes metrópoles já ninguém os ouve e atura, ninguém perde tempo a proferir ámens de palminhas e tirolilos, pois tem os filhos para criar ou de valorizar-se a si mesmos se querem aguentar os embates da modernidade. Se estão academizando para as suas conversas em família com os bravos e vivas dos botas-de-elástico do costume. E que ainda não aprenderam a dormir de olhos abertos com o semblante de quem escuta atentamente o que lhe vociferam dos púlpitos como fazem os parlamentares e outros seroeiros sentenciosos de café em hora de sesta, batidos no acatar das dominicais homílias. Ou se não embalam ao sabor das incursões infrutíferas ao país real, cuja exclusiva finalidade, além da motivação excursionista dos soberanos, reside, em absoluto, no alimentar do ego dos que partem em tournée para dessiminar a jesuítica Boa Nova. Para evangelizar os autarcas bebedolas das romarias e foguetórios, pata negra, broa e sardinha assada, que escarram nas valetas pròs peões desistirem de andar nas ruas. E não obstante a receite resulte plenamente e assente que nem ginjas no licor do populismo. Ou cereja!...
Bem hajam, portanto, todos aqueles a quem a mão jus da posteridade, não se esquecerá de traçar o mui digno e propositado epitáfio:
“Nasceram, o mundo estava mal…
Morreram: ainda o deixaram pior!”
6.08.2006
Educação:Oposição responsabiliza ministra por ambiente de insatisfação no sector
Lisboa, 07 Jun (Lusa) - A oposição responsabilizou hoje a ministra da Educação pelo clima de instabilidade e descontentamento nas escolas, uma questão desvalorizada por Maria de Lurdes Rodrigues, que afirmou não se lembrar de alguma vez ter havido um ambiente pacífico.
Na comissão parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, que contou hoje com a presença de toda a equipa ministerial, os deputados dos partidos da oposição criticaram algumas das medidas do Ministério da Educação (ME), nomeadamente as propostas de revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD), considerando que estas geraram um "clima de antagonismo".
"Parece-nos difícil que se consiga fazer grandes reformas quando foi criado um clima de antagonismo em relação aos professores", afirmou o deputado do CDS-PP Diogo Feio, questionando a ministra sobre as medidas que pretende tomar para alterar o sentimento de insatisfação entre os docentes.
Da parte dos sociais-democratas vieram igualmente críticas à actuação do ministério, com o deputado Emídio Guerreiro a afirmar que "a situação [nas escolas] é pior hoje do que há um, dois ou três anos atrás".
Também Francisco Madeira Lopes, do partido ecologista "Os Verdes", responsabilizou a ministra pelo descontentamento vivido no sector, alegando que "o ME tem declarado que os professores são uns malandros, que não cumprem e não estão preocupados com os alunos e os resultados".
Confrontada com estas críticas, Maria de Lurdes Rodrigues lamentou que algumas das intervenções dos deputados "resultem apenas da leitura dos jornais do dia ou da semana, sem qualquer preocupação em aprofundar o que está em causa", e desvalorizou o ambiente de insatisfação nas escolas.
"Não sei em que momento da história houve um clima pacífico nas escolas, mas o clima não é o principal problema da Educação. O principal problema é o insucesso. Em escolas com bom clima podemos ter piores resultados e em escolas com mau clima, por exemplo por ser mais competitivo, os resultados podem ser melhores", afirmou a ministra.
Maria de Lurdes Rodrigues foi hoje ao Parlamento, acompanhada dos dois secretários de Estado, falar das principais medidas de preparação do próximo ano lectivo, destacando o plano de enriquecimento curricular no primeiro ciclo, que é apresentado hoje à tarde em Matosinhos.
De acordo com este plano, as escolas da antiga primária vão ter obrigatoriamente de estar abertas entre as 15:30 e as 17:30, oferecendo às crianças nas dez horas semanais de prolongamento de horário actividades extracurriculares gratuitas, entre as quais o Inglês e o apoio ao estudo.
Além destas duas actividades, que serão obrigatórias, as escolas terão autonomia para definir juntamente com as autarquias ou associações de pais outras ocupações, como o desporto e o ensino musical, tendo de apresentar à tutela um plano de enriquecimento curricular até 15 de Agosto.
Com um financiamento previsto de 250 euros anuais por aluno, os agrupamentos escolares em conjunto com as entidades promotoras contratam localmente os professores, aproveitando recursos locais como escolas de música e equipamentos desportivos.
Para o Bloco de Esquerda, este modelo conduz a uma privatização do ensino, já que "jovens licenciados são contratados ao preço da chuva" em vez de serem recrutados os docentes com horário zero ou que não conseguiram colocação no concurso nacional.
"Nas matérias extracurriculares não há nenhuma razão para não se adoptar o modelo da contratação local. Não se trata de um modelo de privatização, mas de uma aposta na criação de dinâmicas locais", refutou a ministra, em declarações aos jornalistas.
No final da sessão, Maria de Lurdes Rodrigues adiantou que "o país continua a ter enormes dificuldades nas áreas de apoio à família" e admitiu a possibilidade de as escolas do primeiro ciclo virem a assegurar actividades de ocupação de tempos livres durante as interrupções lectivas, como as férias de Natal e da Páscoa.
Relativamente às críticas da oposição quanto à proposta de alteração ao ECD, que prevê entre outras coisas a participação dos pais na avaliação dos docentes e a imposição de quotas na progressão na carreira, o secretário de Estado Adjunto, Jorge Pedreira, ressalvou que "não há soluções fechadas" e que a matéria está sujeita a uma longa negociação.
No entanto, o responsável não mostrou abertura do ME para abdicar das quotas, considerando que "sem mecanismos de controlo, não é possível introduzir uma diferenciação", que permita premiar o mérito.
JPB.
Lusa
Lisboa, 07 Jun (Lusa) - A oposição responsabilizou hoje a ministra da Educação pelo clima de instabilidade e descontentamento nas escolas, uma questão desvalorizada por Maria de Lurdes Rodrigues, que afirmou não se lembrar de alguma vez ter havido um ambiente pacífico.
Na comissão parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, que contou hoje com a presença de toda a equipa ministerial, os deputados dos partidos da oposição criticaram algumas das medidas do Ministério da Educação (ME), nomeadamente as propostas de revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD), considerando que estas geraram um "clima de antagonismo".
"Parece-nos difícil que se consiga fazer grandes reformas quando foi criado um clima de antagonismo em relação aos professores", afirmou o deputado do CDS-PP Diogo Feio, questionando a ministra sobre as medidas que pretende tomar para alterar o sentimento de insatisfação entre os docentes.
Da parte dos sociais-democratas vieram igualmente críticas à actuação do ministério, com o deputado Emídio Guerreiro a afirmar que "a situação [nas escolas] é pior hoje do que há um, dois ou três anos atrás".
Também Francisco Madeira Lopes, do partido ecologista "Os Verdes", responsabilizou a ministra pelo descontentamento vivido no sector, alegando que "o ME tem declarado que os professores são uns malandros, que não cumprem e não estão preocupados com os alunos e os resultados".
Confrontada com estas críticas, Maria de Lurdes Rodrigues lamentou que algumas das intervenções dos deputados "resultem apenas da leitura dos jornais do dia ou da semana, sem qualquer preocupação em aprofundar o que está em causa", e desvalorizou o ambiente de insatisfação nas escolas.
"Não sei em que momento da história houve um clima pacífico nas escolas, mas o clima não é o principal problema da Educação. O principal problema é o insucesso. Em escolas com bom clima podemos ter piores resultados e em escolas com mau clima, por exemplo por ser mais competitivo, os resultados podem ser melhores", afirmou a ministra.
Maria de Lurdes Rodrigues foi hoje ao Parlamento, acompanhada dos dois secretários de Estado, falar das principais medidas de preparação do próximo ano lectivo, destacando o plano de enriquecimento curricular no primeiro ciclo, que é apresentado hoje à tarde em Matosinhos.
De acordo com este plano, as escolas da antiga primária vão ter obrigatoriamente de estar abertas entre as 15:30 e as 17:30, oferecendo às crianças nas dez horas semanais de prolongamento de horário actividades extracurriculares gratuitas, entre as quais o Inglês e o apoio ao estudo.
Além destas duas actividades, que serão obrigatórias, as escolas terão autonomia para definir juntamente com as autarquias ou associações de pais outras ocupações, como o desporto e o ensino musical, tendo de apresentar à tutela um plano de enriquecimento curricular até 15 de Agosto.
Com um financiamento previsto de 250 euros anuais por aluno, os agrupamentos escolares em conjunto com as entidades promotoras contratam localmente os professores, aproveitando recursos locais como escolas de música e equipamentos desportivos.
Para o Bloco de Esquerda, este modelo conduz a uma privatização do ensino, já que "jovens licenciados são contratados ao preço da chuva" em vez de serem recrutados os docentes com horário zero ou que não conseguiram colocação no concurso nacional.
"Nas matérias extracurriculares não há nenhuma razão para não se adoptar o modelo da contratação local. Não se trata de um modelo de privatização, mas de uma aposta na criação de dinâmicas locais", refutou a ministra, em declarações aos jornalistas.
No final da sessão, Maria de Lurdes Rodrigues adiantou que "o país continua a ter enormes dificuldades nas áreas de apoio à família" e admitiu a possibilidade de as escolas do primeiro ciclo virem a assegurar actividades de ocupação de tempos livres durante as interrupções lectivas, como as férias de Natal e da Páscoa.
Relativamente às críticas da oposição quanto à proposta de alteração ao ECD, que prevê entre outras coisas a participação dos pais na avaliação dos docentes e a imposição de quotas na progressão na carreira, o secretário de Estado Adjunto, Jorge Pedreira, ressalvou que "não há soluções fechadas" e que a matéria está sujeita a uma longa negociação.
No entanto, o responsável não mostrou abertura do ME para abdicar das quotas, considerando que "sem mecanismos de controlo, não é possível introduzir uma diferenciação", que permita premiar o mérito.
JPB.
Lusa
6.05.2006
Crónicas (In)divisas
Por Joaquim Castanho
osverdes.ptg@gmail.com
Bandeirinhas e Patriotismos
Ninguém pode pensar de momento uma coisa e imediatamente a seguir dispensá-la. Sobretudo, se estiver no seu perfeito juízo…
Foi notícia recente que 85% dos portugueses estão “nem aí” para Portugal. Estão-se nas tintas prà nacionalidade, borrifam-se valentemente paras as questões lusitanas, acham o linguajar uma chachada e só não se piram daqui porque isso dá um trabalhão do carago, correndo ainda o risco de virem a ser recambiados como sucedeu aos canadianinhos exilados das quinas. Consta que resignaram.
Mais: desconfia-se que todos os que desta percentagem votaram, quer nas legislativas ou autárquicas, como nas presidenciais, não o fizeram naqueles (partidos ou pessoas) que julgavam ser os melhores para nos governarem, que teriam uma resposta para os problemas do país, mas sim nos que consideravam menos bons, quiçá até os piores, uma vez que, como é sabido desde os tempos de pirraça nos infantários da vida, aos nossos inimigos e vizinhos com mania das grandezas tudo quanto acontece de pior, melhor. A perversão perverte; e a democrática igualmente, ou não menos por isso. Há uma enorme diferença entre aplaudir (ou estimular) iniciativas, e obrigar quem as tem a viver com elas. Se possível sem hipótese de arrependimento nem reparo…
Os acordos de confidencialidade, tal como o secretismo, são declaradas manifestações de cumplicidade (intencional ou actuante) criminosa entre poderes ou pessoas, apenas legitimado em perigo de guerra ou segredo nela. Quando se gere a coisa pública e essa gestão se reflecte no nível e qualidade de vida de todos nós, não pode haver secretismo complexado, nem timidez abusiva ou omissões enganosas, acerca da forma como se o faz – a não ser que queiram ludibriar alguém, passar-lhe por cima, espoliá-lo, violentá-lo, rasteirá-lo, usurpá-lo ou simplesmente encavá-lo. A natureza anti-democrática do poder da inconsciência no voto eleitoral (há quem o faça não para escolher melhor para si, mas sim no que não querem de bom para os demais), é disso um exemplo inconfundível; não obstante ela ainda não conceder aos eleitos o direito ao acordo e associação criminosas que se supõe estar na base e essência dessa tão querida e honrada, quanto almejada e respeitada, confidencialidade mafiosa de seita financeira, de adoração cega. As ondas de apoio e os cheques em branco a favor desta ou daquela causa, que ainda não demonstrou a sua valentia nem validade, qualquer resultado prático derivado das suas boas intenções, também. Nenhum desportista desempenha melhor a sua modalidade porque alguém lhe está a gritar histericamente o nome, nem há qualquer equipa quer se deixe intimidar pelos urros da bancada dos adeptos adversários. Já não há ninguém no mundo tão parvo que acredite nisso, que é básico e ilustrativo do tempo em que ainda se acreditava que eram as cegonhas que traziam os bebés. As crianças fracas de tino e falhas de vontade é que precisam de ser incentivadas para que façam alguma coisa de jeito, não os profissionais adultos e principescamente remunerados. A manobra é outra e pica mais fundo…
Os gangs tribais e seitas assassinas ou maçónicas têm em grande linha de conta o silêncio cúmplice ou a gritaria do batalhão belicista: eu, não. Inclusive no negócio, de quem se diz ser a alma, só se for penada ou para depenar a outra parte. Porque sacanagem pura é quanto eles sem dúvida são. E se não fossem as instituições/organizações europeias, nós nunca saberíamos a verdade (embora restrita) acerca do estado do país. Se não fossem os relatórios da OCDE, FMI, UNESCO, eurostat, Comissão Europeia, etc., etc., jamais seríamos informados da dura realidade, ou dos resultados dos inquéritos sobre a qualidade e nível de vida dos portugueses, desde que estes não interessassem à propaganda governamental ou não fossem favoráveis a alguns dos poderes vigentes ou de soberania. Sobretudo quando apenas fossemos os primeiros no que há de pior e os penúltimos no que é sintomático de agravamento das crises, como o que informou o Eurobarómetro, confirmando aquilo que já desconfiávamos há muito: que na Europa somos os mais caloteiros, incivilizados, antipáticos, incultos e ignorantes. Que estamos à frente na dificuldade de pagar as contas, penúltimos na leitura de revistas e livros das línguas europeias, em quinto a contar do fim nas visitas aos outros países parceiros, e isto porque quando vamos a Espanha meter gasolina também conta, e segundos nos que menos socializam com os demais povos. Ou seja, que continuamos a ser os mesmos animaizinhos do tempo de Viriato, não obstante termos um Figo, muitos carros topo de gama, dois telemóveis por pessoa e o licenciamento de CO2 esgotado. E já agora, porque não gritam também que batemos em crianças deficientes como bons pais de família? Vá: arrefinfem-lhe… Vá!!!...
Por Joaquim Castanho
osverdes.ptg@gmail.com
Bandeirinhas e Patriotismos
Ninguém pode pensar de momento uma coisa e imediatamente a seguir dispensá-la. Sobretudo, se estiver no seu perfeito juízo…
Foi notícia recente que 85% dos portugueses estão “nem aí” para Portugal. Estão-se nas tintas prà nacionalidade, borrifam-se valentemente paras as questões lusitanas, acham o linguajar uma chachada e só não se piram daqui porque isso dá um trabalhão do carago, correndo ainda o risco de virem a ser recambiados como sucedeu aos canadianinhos exilados das quinas. Consta que resignaram.
Mais: desconfia-se que todos os que desta percentagem votaram, quer nas legislativas ou autárquicas, como nas presidenciais, não o fizeram naqueles (partidos ou pessoas) que julgavam ser os melhores para nos governarem, que teriam uma resposta para os problemas do país, mas sim nos que consideravam menos bons, quiçá até os piores, uma vez que, como é sabido desde os tempos de pirraça nos infantários da vida, aos nossos inimigos e vizinhos com mania das grandezas tudo quanto acontece de pior, melhor. A perversão perverte; e a democrática igualmente, ou não menos por isso. Há uma enorme diferença entre aplaudir (ou estimular) iniciativas, e obrigar quem as tem a viver com elas. Se possível sem hipótese de arrependimento nem reparo…
Os acordos de confidencialidade, tal como o secretismo, são declaradas manifestações de cumplicidade (intencional ou actuante) criminosa entre poderes ou pessoas, apenas legitimado em perigo de guerra ou segredo nela. Quando se gere a coisa pública e essa gestão se reflecte no nível e qualidade de vida de todos nós, não pode haver secretismo complexado, nem timidez abusiva ou omissões enganosas, acerca da forma como se o faz – a não ser que queiram ludibriar alguém, passar-lhe por cima, espoliá-lo, violentá-lo, rasteirá-lo, usurpá-lo ou simplesmente encavá-lo. A natureza anti-democrática do poder da inconsciência no voto eleitoral (há quem o faça não para escolher melhor para si, mas sim no que não querem de bom para os demais), é disso um exemplo inconfundível; não obstante ela ainda não conceder aos eleitos o direito ao acordo e associação criminosas que se supõe estar na base e essência dessa tão querida e honrada, quanto almejada e respeitada, confidencialidade mafiosa de seita financeira, de adoração cega. As ondas de apoio e os cheques em branco a favor desta ou daquela causa, que ainda não demonstrou a sua valentia nem validade, qualquer resultado prático derivado das suas boas intenções, também. Nenhum desportista desempenha melhor a sua modalidade porque alguém lhe está a gritar histericamente o nome, nem há qualquer equipa quer se deixe intimidar pelos urros da bancada dos adeptos adversários. Já não há ninguém no mundo tão parvo que acredite nisso, que é básico e ilustrativo do tempo em que ainda se acreditava que eram as cegonhas que traziam os bebés. As crianças fracas de tino e falhas de vontade é que precisam de ser incentivadas para que façam alguma coisa de jeito, não os profissionais adultos e principescamente remunerados. A manobra é outra e pica mais fundo…
Os gangs tribais e seitas assassinas ou maçónicas têm em grande linha de conta o silêncio cúmplice ou a gritaria do batalhão belicista: eu, não. Inclusive no negócio, de quem se diz ser a alma, só se for penada ou para depenar a outra parte. Porque sacanagem pura é quanto eles sem dúvida são. E se não fossem as instituições/organizações europeias, nós nunca saberíamos a verdade (embora restrita) acerca do estado do país. Se não fossem os relatórios da OCDE, FMI, UNESCO, eurostat, Comissão Europeia, etc., etc., jamais seríamos informados da dura realidade, ou dos resultados dos inquéritos sobre a qualidade e nível de vida dos portugueses, desde que estes não interessassem à propaganda governamental ou não fossem favoráveis a alguns dos poderes vigentes ou de soberania. Sobretudo quando apenas fossemos os primeiros no que há de pior e os penúltimos no que é sintomático de agravamento das crises, como o que informou o Eurobarómetro, confirmando aquilo que já desconfiávamos há muito: que na Europa somos os mais caloteiros, incivilizados, antipáticos, incultos e ignorantes. Que estamos à frente na dificuldade de pagar as contas, penúltimos na leitura de revistas e livros das línguas europeias, em quinto a contar do fim nas visitas aos outros países parceiros, e isto porque quando vamos a Espanha meter gasolina também conta, e segundos nos que menos socializam com os demais povos. Ou seja, que continuamos a ser os mesmos animaizinhos do tempo de Viriato, não obstante termos um Figo, muitos carros topo de gama, dois telemóveis por pessoa e o licenciamento de CO2 esgotado. E já agora, porque não gritam também que batemos em crianças deficientes como bons pais de família? Vá: arrefinfem-lhe… Vá!!!...
6.02.2006
“Os Verdes” entendem que o veto dado pelo Presidente da República à Lei da Paridade não constitui um óbice à participação das mulheres na vida política, até porque “Os Verdes”, no Parlamento, haviam votado contra a Lei da paridade.
E dizemo-lo como partido que, quer no Parlamento quer fora dele, tem tido sempre uma forte participação de mulheres. Relembramos que tivemos sempre um grupo parlamentar constituído por um homem e uma mulher (50% participação feminina) e durante muitos anos até por duas mulheres (100% participação feminina). Relembramos que a nova direcção nacional dos Verdes, eleita na última Convenção realizada nos passados dias 26 e 27 de Maio, tem uma composição que integra 46% de mulheres.
Esta participação feminina na vida dos Verdes resulta não da imposição de quaisquer quotas, mas de uma forma de organização e funcionamento do partido ecologista que respeita todos os seus activistas e que os motiva para a participação.
A participação de mulheres na vida política e nas listas eleitorais, por via da sua participação activa na vida dos seus respectivos partidos, não é fomentada por decreto mas sim por definição dessa participação como verdadeiro objectivo de funcionamento dos partidos políticos.
“Os Verdes” realçam o argumento do Presidente da República de que a Lei da Paridade constituía uma ingerência na vida interna dos partidos e consideramos que o PS tem que se acostumar a resolver os seus problemas internos por via de decisões partidárias e não por via de leis da república.
O Gabinete de Imprensa
2 de Junho de 2006
E dizemo-lo como partido que, quer no Parlamento quer fora dele, tem tido sempre uma forte participação de mulheres. Relembramos que tivemos sempre um grupo parlamentar constituído por um homem e uma mulher (50% participação feminina) e durante muitos anos até por duas mulheres (100% participação feminina). Relembramos que a nova direcção nacional dos Verdes, eleita na última Convenção realizada nos passados dias 26 e 27 de Maio, tem uma composição que integra 46% de mulheres.
Esta participação feminina na vida dos Verdes resulta não da imposição de quaisquer quotas, mas de uma forma de organização e funcionamento do partido ecologista que respeita todos os seus activistas e que os motiva para a participação.
A participação de mulheres na vida política e nas listas eleitorais, por via da sua participação activa na vida dos seus respectivos partidos, não é fomentada por decreto mas sim por definição dessa participação como verdadeiro objectivo de funcionamento dos partidos políticos.
“Os Verdes” realçam o argumento do Presidente da República de que a Lei da Paridade constituía uma ingerência na vida interna dos partidos e consideramos que o PS tem que se acostumar a resolver os seus problemas internos por via de decisões partidárias e não por via de leis da república.
O Gabinete de Imprensa
2 de Junho de 2006
Meus amigos, meus amigos... É preciso não esquecer que o livrinho do rapaz já está à venda na www.editonweb.com e que não desfazendo no autor, só é pena que seja de sua autoria e não de outra pessoa qualquer, pois até está legível e não é tão grando como os Maias ou a Bíblia!... Portanto, se quiseram ir lá dasr uma voltinha, apreciar o bom trabalho dos intervenientes na operação, fazer o vosso comentario jocoso e admoestar o obrador, não se evitem. A adiantar que o melhor do livrinho, não se esqueçam, é indubitavelmente a recensão! Exacto.
6.01.2006
LUSA. Temas: política portugal partidos governo educação AR: Verdes pedem demissão da ministra da Educação
Assembleia da República: Verdes pedem demissão da ministra da Educação
Lisboa, 31 Mai (Lusa) - O Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) pediu hoje ao primeiro-ministro, José Sócrates, que demita a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, considerando que esta demonstrou "um profundo desrespeito e até desdém" pelos professores.
Numa declaração política no Parlamento, a deputada do PEV Heloísa Apolónia lembrou as declarações feitas segunda-feira por Maria de Lurdes Rodrigues e defendeu que a ministra da Educação "constitui um factor de desmotivação para o empenho dos professores no sistema".
Num seminário sobre educação, a ministra acusou as escolas de descurarem o sucesso escolar e criarem turmas de bons alunos ensinados pelos melhores professores e turmas de alunos mais fracos e problemáticos deixadas aos docentes mais novos e menos experientes.
"Os professores não são orientados para os casos mais difíceis. Os melhores professores ficam com os melhores alunos e os docentes com pior estatuto na casa levam com as turmas mais difíceis", criticou, na ocasião, Maria de Lurdes Rodrigues.
A deputada do PEV considerou esta crítica "absurda" e argumentou que a ministra "acusou os professores de serem os responsáveis pelo insucesso escolar em Portugal" e demonstrou "um profundo desrespeito e até desdém" pelos docentes.
"É insustentável que se mantenha nesse cargo e temos obrigação de pedir ao senhor primeiro-ministro que ponha a mão na consciência e demita a senhora ministra da Educação", concluiu Heloísa Apolónia, aproveitando para contestar a política do Governo.
Para "Os Verdes", foi apresentada uma revisão ao estatuto da carreira docente que consiste num "novo regime legal da carreira do pessoal docente, que deita para o lixo o actual estatuto" e é "das maiores atrocidades que algum governo já cometeu" neste sector.
"Os professores terão grandes restrições no acesso à profissão e à progressão na carreira e são altamente lesados nos seus direitos", lamentou Heloísa Apolónia, acusando o executivo socialista de ter como objectivo "a estagnação da carreira docente" por motivos "economicistas".
"O PSD desejaria estar a tomar estas medidas economicistas" e "o PS descaracterizou-se no seu posicionamento política", acrescentou, questionando os deputados socialistas sobre se não os incomoda a "aproximação e similitude com as opções políticas da direita".
Em nome da bancada do PS, a deputada Manuela de Melo replicou que a preocupação do Governo, dos deputados socialistas e da ministra da Educação é "mudar a escola pública", para que o ensino público "sobreviva".
"Não soubemos em 30 anos de regime democrático dar à escola o papel que lhe queríamos dar", prosseguiu a deputada, sustentando que são "colocadas como professores pessoas que podem não ter habilitações" e "falta espírito de responsabilidade aos pais, que desautorizam os professores, as escolas".
IEL.
Lusa
Assembleia da República: Verdes pedem demissão da ministra da Educação
Lisboa, 31 Mai (Lusa) - O Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) pediu hoje ao primeiro-ministro, José Sócrates, que demita a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, considerando que esta demonstrou "um profundo desrespeito e até desdém" pelos professores.
Numa declaração política no Parlamento, a deputada do PEV Heloísa Apolónia lembrou as declarações feitas segunda-feira por Maria de Lurdes Rodrigues e defendeu que a ministra da Educação "constitui um factor de desmotivação para o empenho dos professores no sistema".
Num seminário sobre educação, a ministra acusou as escolas de descurarem o sucesso escolar e criarem turmas de bons alunos ensinados pelos melhores professores e turmas de alunos mais fracos e problemáticos deixadas aos docentes mais novos e menos experientes.
"Os professores não são orientados para os casos mais difíceis. Os melhores professores ficam com os melhores alunos e os docentes com pior estatuto na casa levam com as turmas mais difíceis", criticou, na ocasião, Maria de Lurdes Rodrigues.
A deputada do PEV considerou esta crítica "absurda" e argumentou que a ministra "acusou os professores de serem os responsáveis pelo insucesso escolar em Portugal" e demonstrou "um profundo desrespeito e até desdém" pelos docentes.
"É insustentável que se mantenha nesse cargo e temos obrigação de pedir ao senhor primeiro-ministro que ponha a mão na consciência e demita a senhora ministra da Educação", concluiu Heloísa Apolónia, aproveitando para contestar a política do Governo.
Para "Os Verdes", foi apresentada uma revisão ao estatuto da carreira docente que consiste num "novo regime legal da carreira do pessoal docente, que deita para o lixo o actual estatuto" e é "das maiores atrocidades que algum governo já cometeu" neste sector.
"Os professores terão grandes restrições no acesso à profissão e à progressão na carreira e são altamente lesados nos seus direitos", lamentou Heloísa Apolónia, acusando o executivo socialista de ter como objectivo "a estagnação da carreira docente" por motivos "economicistas".
"O PSD desejaria estar a tomar estas medidas economicistas" e "o PS descaracterizou-se no seu posicionamento política", acrescentou, questionando os deputados socialistas sobre se não os incomoda a "aproximação e similitude com as opções políticas da direita".
Em nome da bancada do PS, a deputada Manuela de Melo replicou que a preocupação do Governo, dos deputados socialistas e da ministra da Educação é "mudar a escola pública", para que o ensino público "sobreviva".
"Não soubemos em 30 anos de regime democrático dar à escola o papel que lhe queríamos dar", prosseguiu a deputada, sustentando que são "colocadas como professores pessoas que podem não ter habilitações" e "falta espírito de responsabilidade aos pais, que desautorizam os professores, as escolas".
IEL.
Lusa
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